A inquestionável competência administrativa dos governos Aécio e Anastasia fica provada mais uma vez: constrói o shopping administrativo milionário no fim do mundo, valoriza a região e agora desapropria terrenos valorizados em 2.000% -- isto mesmo, 2.000%! Quem paga? Todos nós, os que não votaram em Aécio Anastasia e a maioria que votou. Será apenas incompetência? Será apenas descaso com o dinheiro público? Dinheiro para pagar o produtividade e o piso salarial dos professores (que é lei) e melhorar a qualidade da educação pública não tem, mas para indenizar especuladores imobiliários, isso tem de montão.
Nosso bolso e os prejuízos da Cidade Administrativa
José de Souza Castro (*)
Já escrevi sobre a nova sede do governo de Minas chamada "Cidade Administrativa", resultado da megalomania do governo Aécio Neves, e dos prejuízos que ela deu aos contribuintes mineiros e aos próprios funcionários públicos que precisam se deslocar para lá diariamente. Hoje a "Folha de S. Paulo" revela que os prejuízos podem continuar, enquanto Aécio afia suas armas para disputar a presidência da República. Como se depreende de reportagem assinada pelo correspondente em Minas, Paulo Peixoto, muitos amargaram prejuízo e, alguns poucos, terão muito lucro com essa aventura imobiliária do governo estadual. Até as pedras do caminho sabiam que, quando o governo investiu mais de um bilhão de reais (o valor exato não se sabe, porque não há transparência nessa e em outras questões), elas sabiam que aquela região, que fica a mais de 20 quilômetros do Centro de Belo Horizonte, sem qualquer infraestrutura a não ser a rodovia que leva ao Aeroporto de Confins, se valorizaria tremendamente. Mas, ao contrário de alguns espertos da iniciativa privada, não sei se avisados com antecedência ou por clarividência, o governo não tratou de comprar antes os terrenos em volta para montar a infraestrutura necessária ao funcionamento da "Cidade Administrativa", antes de anunciar sua construção e iniciar uma vertiginosa valorização impulsionada pelos especuladores. Dito isso, voltemos ao que escreveu Paulo Peixoto:
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