segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Criação de Batalhões em Minas não atende a critérios técnicos científicos

Editorial do Blog Política cidadania e Dignidade:
* José Luiz Barbosa 
De longa data que especialistas e lideranças da segurança pública, principalmente dos praças, vem defendendo que a constituição e instalação de batalhões em municípios mineiros, atenda a críterios técnicos e científicos, considerando o crescimento demográfico e econômico, o índice de criminalidade e obviamente o aporte de recursos financeiros e orçamentários, logísticos e humanos com fundamentos que atendam ao princípio constitucional da eficácia, entre outros, para que a oferta do serviço de segurança pública, dever do estado e direito do cidadão, atenda de modo qualitativo e quantitativo as demandas por sua ampliação e extensão, mas não é habitualmente o que vemos acontecer, e esta prática se repete indefinidamente, exatamente porque os critérios aplicados são quase sempre políticos, a depender da pressão de grupos políticos regionais e do interesse de algumas autoridades ligadas a Policía Militar.
E uma explicação bastante simples pode ser o motivo para este amadorismo que assombra o cidadão, pois para atender o que presume-se tratar-se de interesses internos, são instituídos novos batalhões, sem nenhuma previsão de recursos humanos e logísticos, mas que garante a abertura de novas vagas para cargos de comando, chefia e direção, o que incide diretamente em promoções de oficiais que estão interessados em suas promoções a postos mais altos da hieraquia, pois assim acalma-se os ânimos e a revolta com a preterição em períodos de promoção, ou atende os que já estão a muito tempo estacionados em postos intermediários, mas sem exercer cargos com poder na estrutura da organização policial militar.
Não se trata de estar  contrário a instituição de novas unidades de policiamento, mesmo porque acreditamos e defendemos a filosofia e doutrina do policiamento ostensivo e preventivo, como metodólogia na prevenção do crime e da violência, mas de aprimorar os indicadores que poderão dar início a estudo para a instalação de um batalhão, que assim que é inaugurado demanda uma gama de recursos para suas atividades diárias e ininterruptas, senão teremos um batalhão somente na nomenclatura e no papel como é denominado no jargão policial militar.
Nos últimos anos tivemos a criação desenfreada de novos batalhões, mais pelo interesse político de que se revestiu a segurança pública em Minas do que propriamente para atender a crescente escalada da criminalidade,  inclusive em cidades que deveria abrigar no máximo uma companhia independente, mas a inobservância e ausência dos critérios citados anteriormente, acaba por privilegiar outros parâmetros que ao nosso entendimento não atende os interesses da segurança pública e, menos ainda dos cidadãos.
E os reflexos desta prática afeta o interesse público e adiciona efeitos  perversos e prejudiciais, em especial para os policiais militares, que se encarregam da atividade de policiamento, que sofrem as consequencias de uma jornada de trabalho excessiva e muitas vezes desumana,e por outro lado a sociedade é enganada, por acreditar que a implantação de um batalhão poderia lhe proporcionar mais segurança e tranquilidade.
Como proposta para coibir a implantação de batalhões sem previsão de recursos orçamentários e financeiros  e com recursos humanos e logísticos insuficientes ou até inexistentes, uma lei deveria prever e prover em que condiçoes e  com quais parâmetros novos batalhões deveriam ser instalados  dispondo os critérios e fundamentos técnicos e científicos, e neste sentido sabemos que há muitos estudiosos na Polícia Militar, que poderão se debruçar sobre o tema, e assim erradicar ações políticas internas e externas como únicos instrumentos para a constituição, instalação e implantação de novos batalhões no Estado.
*Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, Bacharel em direito, ativista de garantias e direitos fundamentais, 2º Sgt PM.

Com o objetivo de debater problemas ligados à violência e à criminalidade em Muriaé (Zona da Mata) e região, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza audiência pública no município nesta segunda-feira (17/10/11), a partir das 10 horas. O requerimento é do deputado Doutor Wilson Batista (PSL), que pretende também discutir com as autoridades locais supostas deficiências logísticas e de recursos humanos nas polícias Civil e Militar. A reunião será no Teatro Zaccaria Marques (Avenida Constantino Pinto, 400 - Centro).
De acordo com o deputado, a reunião se justifica pelos crescentes índices de criminalidade no município. Segundo ele, a disseminação do uso de drogas, especialmente o crack, “vem transformando uma comunidade outrora tranquila em autêntico reduto da violência”. Muriaé, com cerca de 100 mil habitantes, registrou 13 homicídios nos três primeiros meses de 2011, informa o parlamentar. Além disso, ele destaca o aumento no número de crimes contra o patrimônio, principalmente o roubo de cargas, o tráfico de drogas e a corrupção de menores.
Em relação às dificuldades enfrentadas pela polícia, o deputado diz que o 47º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Muriaé, conta com apenas três viaturas, desde 1988, para realizar o policiamento e atender chamadas em 26 municípios da região.
Convidados - Foram convidados para a reunião o prefeito de Muriaé, José Braz; o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Cláudio Renato dos Santos Costa; o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Alceu José Torres Marques; o presidente da Câmara Municipal de Muriaé, Vander Gonçalves de Oliveira; o comandante-geral da Polícia Militar de Minas, Renato Vieira de Souza; o chefe da Polícia Civil, Jairo Lellis Filho; o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Muriaé, Wolney Rosa da Silva; a presidente da 36ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Ana Paola Medeiros de Oliveira Carneiro; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Muriaé, Gustavo Ferreira Oliveira; e o presidente da Associação Pró-Desenvolvimento de Muriaé, Nélio Araújo.
Fonte: Site da ALMG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SÓ É DIGNO DA LIBERDADE, AQUELE QUE LUTA PARA CONQUISTÁ-LA, E SEM ELA NÃO HÁ CIDADANIA.

O município de Bom Jesus do Galho se localiza a 304 km da capital, sua população segundo IBGE/2008 são 15.541 hab. A economia tem como base a pecuária de leite e a cafeicultura, mas em grande parte do município também se cultiva o eucalipto e outras culturas. A cidade recebe todos os anos milhares de fiéis no Jubileu do senhor Bom Jesus realizado no mês de Setembro.
BLOG DA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA E PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DIGNIDADE - ASSOCIAÇÃO CIDADANIA & DIGNIDADE

Termo de responsabilidade

O conteúdo das matérias e comentários originadas de outras fontes, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores pela violação de qualquer direito do cidadão.

Reservamo-no o direito de garantir o direito de resposta, desde que haja manifestação do interessado, de acordo com disposição expressa na Constituição Federal.

Contador

SEJAM BEM VINDOS

Bom Jesus está sendo saqueada por vendilhões do templo. Acorda Cidadão Bomjesuense!