quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Não existe democracia no Brasil, o Congresso absolve deputada flagrada em video pegando dinheiro

O video é claro e demonstra a "digníssima" deputada Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de corrupção para financiar a campanha eleitoral. Na época Roriz era deputada distrital, e com esse dinheiro, fez um boa campanha e foi eleita deputada federal. Hoje dia 30/08/11 esta deputada foi julgada pelos seus co-religionários, sobre uma possível cassação e consequênte perda do mandato. Porém, mais uma vez os deputados demonstraram que não há democracia no Brasil, e que os representantes são eleitos para defender os seus próprios direitos e desrespeitar a vontade do povo. Dos 451 deputados presentes,

 Votaram CONTRA>> 265
                A FAVOR>> 166
           Se abstiveram >>20

   Como acreditar nesse Congresso? Aonde fica o clamor e a vontade popular. Isso demonstra o quanto somos atrasados políticamente, justo por não sabermos votar. "Brasil um país de tolos"...sobre o video: "o pior cego é aquele que não quer ver"...
 
 
Comentário do blog política cidadania e dignidade:
 
Compreendo a indignação do amigo, e sou solidário a sua voz que brada na luta por justiça, liberdade e igualdade, fundamentos invioláveis da dignidade humana, e espectros da cidadania no exercício das garantias e direitos fundamentais.
Mas é contra esta ordem pré-estabelecida que devemos lutar, sem o que estaremos fadados a ser testemunhas mudas da ditadura do medo.
Infelizmente ainda há um longo e penoso caminho para se erradicar da vida pública a corrupção que se encrustou em sua estrutura, legado do Brasil colônia, época em que seu território foi dividido em sesmarias, e não precisamos ir muito distante, basta fazermos uma incursão exploratória nos grupos de políticos que dominam o Brasil desde sempre.
Agora no entanto, com a evolução social, o que mudou foi o sistema de repartição que se constituí de grupos de cidadãos munidos de diplomas de representantes do povo, que ao exercer o poder que lhe foi conferido traí a confiança do eleitor, que de boa-fé o elegeu para representar os interesses de toda sociedade.

Auditores culpam ex-diretores por rombo no Senado


Editorial do Blog:

Se no Brasil tivessemos o instituto do recall, adotado na democracia americana, seria a hora o povo resgatar e libertar sua cidadania, e submeter os senadores envolvidos no escândalo do senado ao referendo sobre sua cassação, já que não há no sistema democrático crime mais hediondo do que locupletar-se da boa-fé do eleitor e trair sua confiança pela pratica de desvios cuja natureza estão intimamamente vinculados a corrupção.
São por estas e outras, que penso que a Presidenta Dilma deveria se aliar ao povo, legitímo detentor do poder e da soberania para erradicar e responsabilizar os parlamentares que estão envolvidos com a corrupção, mesmo porque este foi eleito sob o compromisso de defender os interesses dos cidadãos brasileiros e a Constituição Federal, mas muitos estão ainda no tempo do Brasil colônia, em que se dividia o patrimônio do país entre familiares amigos, parentes e afilhados.

O relator Raimundo Carreiro excluiu do caso o ex-senador Efraim Morais e alguns servidores. Mas quer esclarecimentos de Agaciel Maia e outros ex-diretores. Agaciel, hoje deputado distrital, diz que cumpria ordens dos senadores
Agaciel Maia reage ao fato de ter sido responsabilizado pelos prejuízos provocados pelo Senado: "E os senadores?"
A auditoria na folha de pagamentos do Senado, que encontrou um rombo de R$ 157 milhões por ano, responsabilizou um deputado distrital, um ex-senador e diretores da Casa pelo prejuízo aos cofres públicos. Mas, com base em voto de um ex-alto funcionário do Senado, o ministro Raimundo Carreiro, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) exclui alguns deles da responsabilidade por irregularidades como pagamento de salários acima do teto constitucional e de horas extras indevidas.
De acordo com a auditoria, o ex-diretor geral e deputado distrital Agaciel Maia (PTC), o ex-diretor Alexandre Gazineo e os ex-diretores de recursos humanos João Carlos Zoghbi e Ralph Campos Siqueira foram responsáveis pelos prejuízos. Esses nomes foram mantidos por Carreiro na investigação. Mas também foram responsabilizados no relatório 629/09 do TCU o ex-senador Efraim Morais (DEM), que era primeiro secretário do Senado, a diretora Doris Marize Peixoto e seu antecessor no cargo, Haroldo Tajra. Quanto a eles, no entanto, o plenário do tribunal seguiu o relatório de Carreiro e entendeu que não têm culpa pelos problemas e, portanto, não precisariam ser ouvidos em audiência. O processo segue seu curso e ainda não foi julgado pelo TCU.
Os auditores da Secretaria de Fiscalização de Pessoal (Sefip) do tribunal localizaram uma série de irregularidades na folha do Senado. Apontaram os responsáveis por elas, os chamados gestores. Entretanto, nenhum atual senador figura na relação. O que gera estranheza em um dos ex-diretores responsabilizados, o hoje deputado distrital Agaciel Maia.  “O senador mandou pagar e o Agaciel é o culpado?”, ironizou Agaciel Maia, em entrevista ao Congresso em Foco. “Então, os senadores decidem e os funcionários são os responsáveis? Não dá.” Diretor geral da Casa entre 1995 e 2009, ele disse que tudo o que fazia era autorizado pelos parlamentares da Mesa Diretora do Senado e que nada poderia ser decidido sozinho por ele. Ele disse que é mais cômodo culpar funcionários, já que parlamentares só podem ser julgados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os 464 servidores do Senado que ganham mais que ministros do Supremo
A auditoria do TCU não analisou salários de senadores, mas o Congresso em Foco mostrou que eles também ganharam mais que ministros do STF. O próprio presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), é remunerado em pelo menos R$ 62 mil por mês . Dos diretores e ex-diretores, Dóris, Tajra e Gazineo estão entre os que recebiam supersalários. Agaciel Maia recebeu, segundo o TCU, vantagens pessoais indevidas, assim como outros 5 mil servidores.
Além de pagar remunerações acima do teto constitucional, a auditoria aponta pagamento ilegal de horas extras, verbas adicionais e incorporações; acumulação ilegal de cargos; cumprimento irregular de jornada de trabalho; reajuste incorreto de aposentadorias e pensões, e recolhimento a menor de contribuições previdenciárias.
Culpáveis
De acordo com a “Matriz de responsabilização”, documento integrante da auditoria, os diretores e ex-diretores do Senado teriam sido os responsáveis por todos os problemas. E o ex-primeiro secretário Efraim Morais, também, por ter autorizado o pagamento de horas extras em janeiro de 2009, durante o recesso parlamentar. “É razoável afirmar que era possível aos responsáveis terem consciência da ilicitude dos atos que praticaram”, dizem os auditores.
“Em face do exposto, é de se concluir que as condutas dos responsáveis são culpáveis, ou seja, reprováveis, razão pela qual eles devem ser ouvidos em audiência a fim de avaliar se merecem ser apenados com a aplicação de pena de multa.”
Veja trecho da auditoria
Com essa sugestão ao ministro Raimundo Carreiro, o relator do processo com a auditoria do Senado, o caso foi a plenário pela primeira vez em outubro do ano passado. Não para julgamento final, mas apenas para saber sobre a oitiva dos responsáveis. Em seu voto, Carreiro, que foi secretário geral da Mesa do Senado, disse que ouvir Dóris Marize e Haroldo Tajra não era necessário porque os dois ocuparam a diretoria geral e a diretoria de recursos humanos em período posterior aos fatos apurados pelo TCU. E disse que Efraim Morais não era ordenador de despesas, portanto, impossível de ser culpado pelos gastos com horas extras. O plenário seguiu o voto de Carreiro.
Veja o acórdão do TCU
As oitivas de Agaciel, Zoghbi, Ralph e Gazineo foram determinadas e estão sendo colhidas pelo tribunal. O caso está no gabinete de Carreiro, que não prestou esclarecimentos à reportagem.
Briga na Justiça
Na Justiça, o Senado foi inicialmente obrigado a cortar os supersalários identificados na auditoria do TCU, incluindo até as remunerações acima do teto dos parlamentares. Mas a Casa recorreu e conseguiu suspender a decisão de primeira instância. O tema vai ser analisado no órgão especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e deve seguir sendo discutido até o Supremo Tribunal Federal.
A Justiça ainda obrigou a Câmara e o Poder Executivo a cortarem os supersalários de deputados, ministros, presidente da República, vice e funcionários. Para esses órgãos, continua valendo a liminar da 9ª Vara Federal de Brasília.
Por meio da assessoria do Senado, Dóris e Tajra lembraram que o TCU nunca os chamou para prestarem esclarecimentos sobre a folha salarial
A reportagem não localizou Zoghbi. Gazieno, Ralph Siqueira e outros funcionários citados na auditoria não retornaram os contatos do Congresso em Foco.
Leia também:
Veja o tamanho do prejuízo contabilizado pelos auditores do TCUAgaciel nega responsabilidade por romboTudo sobre supersalários

MP vai mediar negociações entre Governo e professores



Representantes dos educadores foram ouvidos nesta segunda-feira. Reunião com gestores foi marcada para quarta


OLAVO PRAZERES/TRIBUNA DE MINAS
manifestação de professor em jf
Professor de Juiz de Fora foi preso durante manifestação na Zona da Mata

O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do procurador de Justiça Alceu José Torres Marques, ouviu nesta terça-feira (30) representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Segundo a assessoria do órgão, o MP quer entender as reivindicações da categoria para tentar negociar com o Governo do Estado a melhor alternativa para acabar com a greve da rede estadual que já dura 84 dias.

Na quarta-feira (31), às 10 horas, o  procurador de Justiça ouvirá a secretária de Estado Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola. Somente após o encontro, o MP irá apresentar uma proposta de acordo entre as partes.
 

Uma nova assembleia dos professores foi marcada para a próxima quarta, na Praça da Assembleia, no Santo Agostinho. Nesta reunião, a categoria vai definir os rumos da greve e repercutir a reunião dos representantes do Sind-UTE com o Ministério Público.

Protestos

Nesta terça-feira (30) os professores participaram de dois protestos para reivindicar a implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) no Estado. Pela manhã, aproximadamente 200 profissionais realizaram um0 enterro simbólico do subsídio na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte. Segundo a assessoria do Sind-UTE/MG, o objetivo do movimento foi de dialogar com a sociedade.

Entre 9 e 14 horas, cerca de 50 educadores ocuparam a sede da Superintendência Regional de Ensino de Belo Horizonte (SRE), na Avenida Portugal, Bairro Santa Amélia, na Região da Pampulha. Os manifestantes, recebidos pela superintendente Maria Lúcia Martins da Silva, pediram que ela levasse um recado da categoria ao governador do Estado, Antônio Anastasia, dizendo que a lei do piso tem que ser respeitada e de que os trabalhadores não aceitam uma política salarial pautada pelo subsidio.

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, também foi realizada uma passeata de alunos de escolas estaduais em apoio à greve dos professores. Durante o ato, a polícia teve de intervir quando os cerca de 300 manifestantes interromperam o trânsito na Avenida Rio Branco. O protesto terminou com a prisão do professor André Nogueira, de 27 anos. O docente foi liberado em seguida e prestará depoimento no próximo dia 15. Imagens divulgadas por alunos no Youtube mostram o momento em que o professor foi detido.Veja o vídeo abaixo.

Na última segunda-feira (29), às 19 horas, representantes do Sind-UTE entregaram a membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) um dossiê com informações sobre as condições de trabalho dos professores em Minas Gerais, além de cópias de contracheques de profissionais, que segundo a assessoria do Sindicato demonstram que o Estado é o que pior paga os professores.

Professor é detido durante manifestação de estudantes em Juiz de Fora.



"Era um ato de estudantes apoiando a greve", explica. "Estávamos em diversas ruas e, quando chegamos ao cruzamento, fizemos um cordão e fechamos as três pistas da avenida Rio Branco", conta. Ele afirma que, cerca de cinco minutos depois, um agente de trânsito chegou e jogou a moto sobre os alunos, tentando quebrar o cordão e liberar o cruzamento.


Ele então se colocou à frente dos alunos, tentando protegê-los. Foi quando a Polícia Militar chegou. "Ao invés de tirar o agente, eles partiram para cima de mim", alega. Nogueira conta que foi empurrado, teve o braço torcido, foi jogado no chão e preso por desacato. Depois de chegar à delegacia, ele foi liberado.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) informa que não tem informação de algo que o professor tenha feito que pudesse ter provocado a detenção dele. A redação do O Tempo Online tentou contato com os militares envolvidos na ocorrência, mas não obteve sucesso.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Falta de dados dificulta adoção de política integrada de segurança pública


O Brasil governa às cegas na Segurança Pública. O país não sabe quantos pessoas estão foragidas da Justiça. Também não sabe quantas estão desaparecidas. Não tem um cadastro nacional de impressões digitais, o que faz com que uma mesma pessoa possa ter 27 carteiras de identidade, uma em cada unidade da Federação. E o mapa de ocorrências criminais com que o Ministério da Justiça trabalha para planejar suas ações tem dados de três anos atrás, emprestados do SUS. A consequência da desordem é que a segurança pública é planejada e executada sem informação. A ausência de bancos de dados nacionais e a falta que a informação faz para a ação pública são tema de uma série de reportagens que O GLOBO passa a publicar hoje, começando pela segurança.

Hoje, um juiz pode liberar um detido mesmo com mandados de prisão contra ele em outros estados. Isso porque, em muitos casos, o juiz só tem condições de checar os antecedentes criminais da pessoa no estado em que trabalha, e não em todos os outros - justamente por não haver cadastro nacional de foragidos com os mandados expedidos. Está aí a explicação para casos como o do pai da jovem Eloá Pimentel, Everaldo Pereira dos Santos. Foragido da Justiça alagoana há 18 anos e acusado de quatro homicídios, só foi descoberto em 2008, ao surgir na TV quando o namorado da filha a matou, em São Paulo.

- Você não sabe nem quantos mandados de prisão, quantos foragidos há no país - diz Walter Nunes da Silva Jr., juiz e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). - O que se tem são estimativas. Um diz 170 mil (foragidos), outro diz 250 mil. O Judiciário não sabe, a polícia não sabe. Por quê? Porque a informação não é integrada. Converse com qualquer juiz, e ele vai dizer da angústia que é decidir se libera ou não alguém. Ele sabe que solta com base em informação incompleta.

Walter Nunes é relator de uma resolução do CNJ aprovada no início de julho que cria um banco nacional de mandados de prisão. Pela resolução, os Tribunais de Justiça de todos os estados têm até seis meses para começar a alimentar esse banco, enviando os dados dos mandados expedidos por cada um. Para isso, porém, será preciso passar por mais um obstáculo: o fato de que cada TJ produz um mandado de prisão de um jeito.

- Todos os mandados em aberto terão de ser reeditados, para terem um mínimo comum de dados, como local, hora, tipo de crime - diz Nunes.
Em cada estado, um tipo de ocorrência

A falta de dados - o que fez o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmar em abril que "há total falta de integração dos órgãos de segurança" no país e prometer a criação de um sistema nacional de criminalidade - é empecilho também para o sistema existente hoje no Ministério da Justiça, que reúne os registros de ocorrência policial dos estados, a rede InfoSeg. As polícias estaduais (sejam militares ou civis) não são obrigadas a enviar os registros para o sistema. Envia quem quer ou pode. E, ainda, cada polícia registra as ocorrências de um modo - um assassinato pode ser registrado como homicídio em um estado e como auto de resistência em outro. Então, mesmo as polícias que enviam os registros mandam dados que não são uniformes e, portanto, são difíceis de serem unificados num sistema.

- O problema é que é um sistema descentralizado, com polícias atuando de forma regional. Aí vem a segunda questão: como os estados têm autonomia, não se poderia obrigá-los a mandar essas informações - analisa Sérgio Renault, ex-secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça.

- Garanto que o pacto federativo não é para isso. Não é para prejudicar a política de segurança. Por que vivemos em sociedade? Para, entre outras coisas, termos um mínimo de segurança. Se um criminoso pode fugir ali para o meu vizinho, como é que os órgãos não se comunicam? Agora, os estados não recebem dinheiro do governo federal para segurança? É só dizer que não vai mandar o dinheiro se não mandarem os dados. Quero ver quem não enviará - afirma o juiz Walter Nunes.

- Informação de qualidade serve para orientar a aplicação da verba destinada à segurança. Sem isso, o país aplica mal os recursos. Fica sem saber se a proposta é adequada e se produziu ou não resultados satisfatórios - afirma o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), que vai apresentar um projeto condicionando o repasse de recursos ao abastecimento do banco de dados pelos estados.

A InfoSeg também não inclui os registros de impressões digitais dos órgãos estaduais de identificação. Nem a InfoSeg nem qualquer outro órgão centralizam esses registros atualmente.

- Uma mesma pessoa pode ter 27 carteiras de identidade. É caótico - afirma o presidente da Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais (Abrapol), Celso Zuza. - Aliás, isso torna mais fácil uma pessoa tirar mais de um passaporte, com carteiras diferentes, para fugir do país.

Justamente para integrar os registros de impressão digital é que o governo federal está criando o Registro de Identidade Civil (RIC), que trará um chip e será um registro único para todo o país, centralizado pelo Instituto Nacional de Identificação. Anunciado desde o ano passado e com custo de cerca de R$ 100 milhões, segundo Zuza, o cartão RIC começa a ser distribuído dentro de dois meses:

- É uma ideia discutida há mais de dez anos. Mas, para todos os estados estarem integrados, acredito que só daqui a pelo menos cinco anos.

A falta de informação não é só um problema para a resolução de crimes. Faz com que o Estado gaste mal a verba para segurança. Um perito do Rio que preferiu não se identificar conta que a Polícia Civil recebeu uma máquina para banco de imagens que servia apenas para contabilizar crimes em locais com baixo índice de criminalidade. Segundo ele, "o dinheiro teria sido mais bem aplicado em computadores, impressoras e luvas para os peritos".

- Sem informação não há trabalho de inteligência, não há prevenção do delito. Há quem pense que o sistema integrado vai dizer quantos crimes foram cometidos. Mas vai mostrar também quantos a polícia conseguiu resolver, quantos foram para o MP, quantas denúncias chegaram à Justiça - conclui Julio Jacobo, sociólogo e autor do Mapa da Violência, que aponta estados e municípios mais violentos do país. - Com as informações que temos hoje, a estimativa é que entre 7% e 8% dos homicídios sejam resolvidos.

- A cultura do Brasil é a do flagrante. Informação de qualidade mudaria isso - diz Pedro Abramovay, professor de Direito da FGV-RJ e ex-secretário nacional de Justiça. - Prendemos o pequeno traficante e autores de roubos simples. Mas prende-se menos quem comete crimes mais sofisticados, que precisam de investigação.

Por Alessandra Duarte e Carolina Benevides, de O Globo

Piso salarial dos professores já provocou 5.000 ações


Governador falou à imprensa
acompanhado pelas secretárias
Renata Vilhena (à esq.) e Ana
Gazzola
Professores.Por dia, Fórum Lafayette recebe entre cem e 150 processos contra governo do Estado
Em pronunciamento Anastasia defendeu negociação, desde que haja "boa fé"
Comentário do Blog: E desde quando político age de boa fé, somente quando é pressionado por seus interesses e aliados, pois a regra é sempre se valer da má fé e da deslealdade. 
Como acreditar num governo que assume compromissos e não os cumpre. 
Jornal O Tempo
O impasse sobre o pagamento do piso nacional de R$ 1.187,97 aos professores da rede estadual tem provocado uma enxurrada de ações na Justiça contra o governo de Minas. Balanço do Tribunal de Justiça do Estado indica que desde o último dia 4 de julho, quando os primeiros processos foram protocolados, pelo menos 5.000 ações começaram a tramitar nas sete varas de Fazenda do Fórum Lafayette.


A média diária de contestações, segundo a assessoria do fórum, varia entre cem e 150 processos, a maioria com assistência jurídica do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE). Definido pela Lei 11.738, de julho de 2008, o piso nacional para jornada de até 40 horas semanais foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como a base de remuneração para profissionais de nível médio. Na decisão, que vale para todo país, os ministros do Supremo julgaram improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pelos governos do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará.

A professora Leyla Alves Lima, 43, é uma das profissionais que procuraram a Justiça contra o governo. "Espero que o resultado saia logo e mostre que a Justiça de Minas cumpre a lei e não seja amordaçada pelo Estado", disse.


No Tribunal de Justiça, ninguém foi indicado para comentar a avalanche de ações, mas, segundo um servidor do órgão, os processos têm "congestionado" o fórum. A assessoria de imprensa do fórum confirmou que as ações aumentaram bastante o volume de trabalho do órgão, mas ainda não chegaram às mãos dos juízes. Até ontem, o Estado ainda não havia sido notificado em nenhuma das ações.

Pronunciamento. Pela primeira vez desde que os professores entraram em greve, em 8 de junho, o governador Antonio Anastasia fez seu primeiro pronunciamento oficial sobre a paralisação. Anastasia repassou ao Ministério Público Estadual (MPE) a tarefa de tentar entrar em acordo com a categoria. A negociação, segundo o governador, deve ser de "boa fé". A assessoria de imprensa do MPE confirmou um encontro, às 11h de hoje, com membros do Sind-UTE. O Estado, de acordo com o órgão, não terá representante no encontro e deverá ser convocado separadamente.

Nos menos de dez minutos em que falou aos jornalistas, acompanhado das secretárias de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento, Renata Vilhena, Antonio Anastasia afirmou que o Estado deve cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita em 46,55% os gastos do Estado com pagamento de servidores. "A nova norma de remuneração, o subsídio, determinou o valor de R$ 1.122 para 24 horas semanais, 57% a mais do que estabelece o piso salarial federal, que é de R$ 1.187 para 40 horas semanais". No pronunciamento não foi aberto espaço para as perguntas dos jornalistas.


Repercussão
Para sindicato, discurso não revela a verdade
A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, lamentou o posicionamento do governo, que, segundo ela, não admite a realidade. "Se o Estado pagasse mais que o valor do piso salarial nacional, por que ele não teria dinheiro para pagar os R$ 1.187,97 que a lei determina? A verdade é que eles não assumem que pagam piso de R$ 369. Enquanto o governo continuar com discurso de que não tem dinheiro, nós vamos manter o movimento".

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) estima que para pagar o piso nacional aos 153 mil servidores que estão atualmente no modelo antigo de remuneração (salário básico com benefícios), teria que aumentar em R$ 2,5 bilhões o gasto com a folha de pagamento na área de educação.

Farrapo. Ontem, o senador Aécio Neves (PSDB) disse que o salário pago aos professores em Minas "não é o ideal". Aécio responsabilizou o governo federal, que, segundo ele, não transfere receitas suficientes para Estados e municípios. "Nós só vamos remunerar melhor no momento em que o Estado se fortaleça ainda mais, buscando arrecadar mais e nós saiamos desse farrapo de federação que existe hoje no Brasil". (JS com Cristiano Martins)
Estado x sindicato
Subsídio. O Estado alega que o subsídio, modelo de remuneração que incorpora benefícios e gratificações, é constitucional porque chega a um valor único de, no mínimo, R$ 1.122 para 24 horas semanais, maior do que o piso nacional.

Reajuste. O governador afirmou que, inicialmente, a reivindicação do sindicato era de um reajuste de 300%, isso porque o que a categoria queria era que o piso salarial passasse de R$ 369 para R$ 1.597 (piso definido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). O sindicato anunciou, no último dia 16, que negocia o vencimento básico de R$ 1.187,97.
Assembleia. O sindicato afirma que vai manter a greve até que o Estado pague o piso de R$ 1.187,97 estabelecido pelo MEC, sem incorporação dos benefícios. A próxima assembleia será amanhã.

Adesão 1. Segundo balanço informado
ontem pela Secretaria de Estado da Educação (SEE),
o número de escolas totalmente paradas subiu
de 57 para 61. Já o de instituições parcialmente afetadas caiu de 771 para 738.

Adesão 2. O Sind-UTE
diz que metade dos professores aderiu à greve e 794 escolas estão totalmente paradas.

Esta entrevista é para as autoridades de Bom Jesus aprenderem a cuidar do lixo urbano

Política Nacional de Resíduos Sólidos e a profissionalização dos catadores. Entrevista Especial com Antonio Cechin

Sancionada em dois de agosto de 2010, a lei n. 12305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, representa um “verdadeiro divisor de águas que se ergue entre um antes e um depois”, diz Antonio Cechin à IHU On-Line. Há 30 anos trabalhando em galpões com comunidades ecológicas, ecumênicas e eclesiais de base, o irmão marista menciona que a lei proporcionou um salto qualitativo no trabalho dos catadores de resíduos. “Quando começaram juntos, há 30 anos, tinham vergonha de ser fotografados. Hoje, eles têm verdadeiro orgulho em posar para fotos no trabalho, porque se sentem dentro de uma profissão absolutamente necessária para a sobrevida da espécie humana na terra”, compara.
Apesar de ter transformado as relações de trabalho da “catação à moda artesanal” para a “reciclagem profissional”, “por enquanto nada mudou em Porto Alegre”, diz Cechin. Para ele, a política que alterou a lei n. 9605, de 1998, ainda “é uma esperança, na torcida por bons projetos a fim de se angariar recursos”.
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Cechin também comenta o processo de coleta seletiva do lixo na capital gaúcha e região metropolitana. Para ele, o novo modelo de depósito do lixo em contêineres é “um retrocesso dentro da política de administração dos resíduos”. Ele explica: “Faltou a preparação da população. Para que qualquer mudança nos costumes do povo tenha êxito, faz-se necessário um trabalho prévio de conscientização com larga duração”.
Antonio Cechin formou-se em Letras Clássicas e em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, onde também foi professor. Fez sua pós-graduação no Centro de Economia e Humanismo, em Paris. Iniciou na Instituição Católica de Paris a especialização em catequese, quando foi chamado para o Vaticano, na Sagrada Congregação dos Ritos, no início da década de 1960. Depois, retornou ao Brasil e iniciou a luta junto aos movimentos sociais. É autor do livro Empoderamento Popular. Uma pedagogia de libertação (Porto Alegre: Estef, 2010).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Qual é o destino do lixo produzido em Porto Alegre e região metropolitana?
Antonio Cechin – Em Porto Alegre, dentro da era da ecologia em que estamos entrando, graças a José Lutzemberger, o lixo começou a ser classificado em duas categorias: o orgânico e o seco. O orgânico costumava ser jogado nos chamados lixões a céu aberto; posteriormente foi sendo enterrado nos denominados aterros sanitários. Esgotada a capacidade de tais aterros, que de sanitários pouco ou quase nada tinham, a cidade passou a transportar seus rejeitos para o município de Minas do Leão, que até hoje recebe os detritos de 120 outros municípios da região metropolitana e de muitos outros, mais afastados ainda, como é caso do município de Bento Gonçalves.
Nos últimos dias, as ruas de Porto Alegre estão recebendo em cada uma de suas quadras e praças, milhares de contêineres e cada um dos moradores, lojas, fábricas, casas de comércio, etc. receberam a determinação, por parte do governo municipal, de depositar o lixo orgânico e, somente esta categoria, nesses recipientes que foram objeto de uma licitação pública, vencida por uma empresa multinacional.
A população da capital, ao que tudo indica, está tendo dificuldade em se acostumar ao novo sistema de contêineres. Os jornais dos últimos dias estamparam os incêndios que aconteceram de imediato em mais de uma dezena desses recipientes públicos. A prefeitura está no encalço dos vândalos incendiários através do poder de polícia. A investigação trabalha com duas hipóteses: ou vandalismo propriamente dito ou sabotagem criminosa do lobby do lixo por parte de empresas congêneres, que perderam a oportunidade de fazer muito dinheiro.
A equipe do Lutzemberger começou o cuidado com o lixo por meio da separação, em duas sacolas plásticas diferentes, de cada uma das modalidades – orgânico e seco –, a partir de uma experiência piloto com dois ou três edifícios de apartamentos. Logo em seguida, a Igreja Católica em seu modelo latino-americano, caracterizado por sua opção pelos pobres, entrou com força na área da reciclagem, com as Comunidades Eclesiais de Base, dessa vez de maneira coletiva. Surgiu assim, no início dos anos 1980, o primeiro coletivo de triagem ou separação do lixo seco, no Galpão da Ilha Grande dos Marinheiros, situado no bairro Arquipélago. Uma Comunidade Eclesial de Base caracterizou-se também como Comunidade Ecológica de Base através do trabalho com resíduos sólidos. A triagem dos materiais passou a garantir a sobrevivência para famílias de extrema pobreza. A prefeitura da capital, face ao sucesso desses Galpões de Economia eminentemente comunitária, lançou, então, a Coleta Seletiva em toda a cidade. Hoje, os Galpões são em número de 17, espalhados pelas periferias.
IHU On-Line – Quais são, hoje, os principais dilemas ambientais da capital gaúcha e da região metropolitana em relação aos resíduos sólidos?
Antonio Cechin – A modalidade atual licitada pelo governo municipal que pressiona cada morador e moradora da cidade a depositar seu lixo orgânico, e somente esse, em contêineres colocados em todas as quadras de ruas e praças, em nosso entender significa um retrocesso dentro da política de administração dos resíduos.
Faltou a preparação da população. Para que qualquer mudança nos costumes do povo tenha êxito, faz-se necessário um trabalho prévio de conscientização com larga duração. Do contrário, é sempre a lei do menor esforço que prevalece. O resultado aí está. Em vez de as pessoas fazerem a separação, dentro das próprias casas, do lixo orgânico numa sacola e o lixo seco noutra, agora a maioria nem separa mais. Num único saco plástico vai para os contêineres seco e orgânico misturados. Basta ver o rodízio que fazem carrinheiros e separadores individuais, percorrendo todos os contêineres, ao longo de ruas e praças, aí fazendo sua coleta bem à vontade. Antes, percorriam casa por casa, loja por loja. Nossa previsão é também que a coleta seletiva do lixo seco venha a diminuir.
Na primeira etapa da criação dos Galpões de Reciclagem ou Coletivos de Trabalho, a coleta seletiva era feita diretamente pelo poder público municipal. A atual administração da cidade, que já dura sete anos, decidiu privatizar também a coleta seletiva. Ora, uma empresa particular tem como objetivo essencial o lucro. Consequentemene, se não houver uma boa fiscalização por parte do poder público, os resíduos de mais valor não irão para a reciclagem comunitária dos catadores, mas ficarão nas mãos da empresa coletora. As horas de trabalho nos coletivos diminuem também, com a tendência de dispensarem trabalhadores pobres que necessitam garantir o ganho para sua sobrevivência.
Nos primeiros coletivos de trabalho em Porto Alegre, além de um pró-labore nunca menor do que o salário mínimo legal, era garantida a contribuição previdenciária como autônomo. Neste caso, quando algum catador fica doente, não necessita do fruto da partilha dos colegas cooperativados. Hoje, não conhecemos mais em Porto Alegre nenhum Coletivo que garanta o direito a uma aposentadoria digna para seus catadores.
O maior desafio para os Coletivos de Trabalho de Porto Alegre está na necessidade de eles se apropiarem de toda a coleta seletiva feita por eles mesmos como prevê a Lei Lula. Assim como este ato – elo inicial de toda a cadeia produtiva –, também na outra ponta, no elo final – isto é, a venda dos resíduos devidamente prensados e também os objetos frutos de artesanato com sucata ou devidamente reciclados pelos próprios catadores –, absolutamente toda a cadeia produtiva da economia dos resíduos pertence, por lei, aos catadores.
Em Porto Alegre, a venda dos materiais, em vez de ser diretamente dos catadores diretamente para as indústrias ou para os consumidores, é feita para atravessadores que ficam com dinheiro fácil, uma vez que dispõem de grandes depósitos em que podem estocar e calcular valores de venda também de acordo com as oportunidades e as épocas de safra.
IHU On-Line – Que avaliação faz da Política Nacional de Resíduos Sólidos? O que mudou após a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos?
Antonio Cechin – O exército dos voluntários da catação, no Brasil, é constituído de bem mais de um milhão de catadores. O operário metalúrgico e ex-presidente Lula demonstrou um carinho todo especial para com os últimos dos trabalhadores na escala social. A Lei de Resíduos Sólidos representa um verdadeiro divisor de águas que se ergue entre um antes e um depois. Entre a era da pedra lascada da catação no Brasil e a solene entrada na era da modernidade, ou seja, do salto de qualidade entre catação à moda artesanal e a reciclagem propriamente dita ou profissional.
Em síntese, a Lei Lula determina que toda a cadeia de produção ligada aos resíduos sólidos deve pertencer de direito e de fato aos Coletivos de Trabalho organizados pelos catadores, quer se trate de triagem em galpões ou de cooperativas de carrinheiros, em que se combina trabalho individual na coleta e na triagem com trabalho coletivo, na sequência da cadeia produtiva, até a venda final de objetos reciclados em indústrias dos próprios catadores.
A fim de garantir condições de vida eminentemente dignas, aptas a produzir a ascensão social do catador, desde a simples alfabetização inicial até a formação universitária, o ex-presidente metalúrgico do ABC paulista, Luís Inácio Lula da Silva, estabelece em sua Política de Resíduos Sólidos o máximo de tecnologia no trabalho de catação e de reciclagem. Desde carrinhos elétricos para uma coleta porta a porta de cada residência, passando por uma triagem qualificada, servida de prensas modernas, balanças eletrônicas, esteiras, guindastes, tratores. Para a coleta e venda dos materiais, pequenos e grandes caminhões, carregadeiras, elevadores, etc. Refeições nos locais de trabalho como em qualquer empresa que se preza, cursos de formação profissional, etc.
IHU On-Line – O trabalho dos catadores de lixo sofreu alguma alteração após a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos?
Antonio Cechin – Por enquanto nada mudou em Porto Alegre. Ela é apenas uma esperança, na torcida por bons projetos a fim de se angariar recursos. Lula, porém, já se adiantou destinando enormes somas de investimentos que, se bem aproveitados, farão com que os Coletivos de Trabalho entrem de vez na modernidade.
Para além da esperança, nós mesmos, através de uma boa equipe disposta a arregaçar as mangas, acabamos de ver um projeto nosso que pretende melhorar as condições de trabalho de 27 coletivos, em 17 municípios da área metropolitana de Porto Alegre, incluídos grande parte dos municípios do Vale do Rio dos Sinos e entorno. Dentro de alguns dias, com certeza, a esperança de muitos catadores começará a ser transformada em realidade.
IHU On-Line – Que tipo de lixo pode ser reciclado? E que tipo não é passível de reaproveitamento?
Antonio Cechin – A princípio, lixo só se transforma em valor quando devidamente separado. Nos galpões, por isso, só se separa e se prensa em fardos, aquilo que se vende. Desde o momento em que lançamos o primeiro Coletivo de Catadores, havia em Porto Alegre e arredores apenas duas ou três indústrias para as quais os atravessadores vendiam lixo separado. Aos poucos foram se multiplicando e se diversificando as fábricas de objetos reciclados. Então, aquilo que há uns 10 ou 20 anos não se separava porque não tinha venda, hoje, em tese, podemos dizer que tudo ou quase tudo o que é considerado lixo seco é separado e vendido pelos catadores. Exemplo típico de um produto que, até um ou dois anos atrás, não se vendia é o isopor. Hoje, sabemos de coletivos que já o vendem com a maior facilidade.
IHU On-Line – Que entendimento, em sua opinião, a sociedade tem sobre o lixo e a reciclagem?
Antonio Cechin – Em 30 anos de trabalho em Galpões com comunidades que são ao mesmo tempo ecológicas/ecumênicas/eclesiais de base, começamos a dar visibilidade aos catadores. Fizemo-lhes a apologia como sendo os verdadeiros despoluidores do planeta, pois impedem que os resíduos, depois de milênios sucessivos em que sempre foram jogados dentro dos mananciais hídricos, agora os estejam reduzindo em quantidade e volume, reaproveitando sucatas de materiais sobrantes e, finalmente, reciclando ou criando objetos novos. Os catadores, hoje, já são reconhecidos como cidadãos por razoável quantidade de pessoas. Para tanto, é natural que essas pessoas devam ter um mínimo de alfabetização ecológica.
Muito mais rápida é a caminhada dos catadores dentro de um coletivo de trabalho. Quando começaram juntos, há 30 anos, tinham vergonha de ser fotografados. Hoje, eles têm verdadeiro orgulho em posar para fotos no trabalho, porque se sentem dentro de uma profissão absolutamente necessária para a sobrevida da espécie humana na terra. Depois de se tornarem especialistas da reciclagem, têm verdadeiro orgulho em fazer palestras em salas de aula, em reuniões de operários nas fábricas ou para funcionários públicos em suas respectivas repartições.
IHU On-Line – O senhor diz que o catador de lixo é o profeta da ecologia. Pode nos explicar essa ideia?
Antonio Cechin – A figura do catador que se lança em busca dos valores escondidos nos resíduos sólidos, e com isso garantir a sobrevivência da família, é muito recente no Brasil. Não completou ainda 50 anos. E esse personagem acontece em tempos de opção pelos pobres, característica do modelo de cristianismo latino-americano de hoje. Ora, nossa Teologia da Libertação, quando fala em profeta, dentro de uma linguagem autenticamente bíblica, aponta para as duas dimensões do agir profético: denúncia e anúncio. O catador dá, ao mesmo tempo, uma boa notícia e uma notícia má a toda a sociedade envolvente. A denúncia ou má notícia está no fato do consumismo do mundo atual. É como se ele pregasse da seguinte maneira: “Vocês moradores desta cidade de Porto Alegre, com todo o consumismo desenfreado que esbanjam, estão destruindo o planeta. Poluem a natureza de maneira tal que a espécie humana corre sérios riscos de extinção!”
Depois dessa denúncia, seguiria anunciando sua boa nova:
“Olhem, contemplem o meu trabalho de amigo de vocês. Eu recolho o lixo que vocês produzem a fim de deter a poluição. Transformo poluição em valores. Devolvo matérias-primas para as indústrias fabricarem novos objetos para as pessoas. Uma tonelada de papel entregue para uma indústria papeleira são 25 árvores adultas que permanecem em pé na floresta para as gerações futuras. Uma tonelada de latinhas de alumínio devolvidas para outra indústria são 12 toneladas do metal bauxita que também permanecem no interior da terra para as próximas gerações!
Além disso, vejam a minha Comunidade Ecológica de Base constituída de catadores: diferentemente de vocês que, como capitalistas estabeleceis entre vocês relações de exploração, nós inauguramos a nova sociedade solidária, estabelecendo entre nós mesmos relações ricas em cooperação e colaboração! Nós, catadores, anunciamos a nova era, a era da Ecologia em que homem e natureza vivem uma harmonia perfeita.”
Está aí o perfil do profeta da ecologia, na pessoa do último dos homens, exercendo a mais humilde de todas as profissões!
IHU On-Line – O que seria, para o senhor, um modelo de reciclagem do lixo ideal?
Antonio Cechin – O modelo de reciclagem ideal de hoje em dia eu costumo chamar de Comunidade Ecológica de Base. Com tal designação quero significar trabalho de reciclagem ideal, com relações interpessoais também ideais. Há que reproduzir a rica experiência da república “comunista” cristã dos Guarani das Missões Jesuíticas dos Sete Povos, iniciada quatrocentos anos atrás. O povo guarani do começo do Rio Grande do Sul representou nosso Paraíso Terrestre. Hoje, nos Galpões de Reciclagem, todo nosso esforço de cristãos é reproduzir o tupãbaê, isto é, “trabalhar para Deus”, que os Sete Povos já viviam. Lá imperava o princípio básico da Terra Sem Males: “De cada um de acordo com suas possibilidades, para cada um de acordo com suas necessidades”. Foi o povo guarani que inventou o mutirão. Trabalhando nas periferias com o povo pobre vindo do interior para a capital, construíram-se capelas ou centros comunitários, fazendo pexiru, puxiru ou puxirão – segundo vocábulos de gente pobre mas que expressavam o mutirão dos índios, com palavras de acordo com o município de que chegavam em seu êxodo rural. Era sempre a mesma palavra que voltava, porém sempre um pouco diferente aqui e ali. Todas corruptelas da palavra mutirão (de potyron, termo guarani) pura e simplesmente.
Nosso ícone ecologista José Lutzemberger, de formação mais europeia, fez um trabalho inicial de conscientização para indivíduos. Nós, adentrados no modelo de igreja latino-americana, a igreja das Comunidades Eclesiais de Base, do método Paulo Freire e da Teologia da Libertação, continuamos através de um trabalho eminentemente coletivo e solidário. Conhecendo-nos, Lutz nos legou a lapidar sentença quando ministro do meio-ambiente: “Um só catador faz mais pelo meio-ambiente, no Brasil, do que o próprio ministro do meio-ambiente”.
Para ler mais: 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ética na justiça ou dedo na ferida?

Dedo na ferida

Ética na justiça

Para entender melhor acesse nesses links:

Justiça pune juiz corrupto com aposentadoria de R$ 25,4 mil
Juiz é preso acusado de agredir a namorada em Alagoas
Juiz é preso por agredir esposa e desacata policiais
Onde a corrupção veste toga
Juiz é preso após beber, não pagar a conta e desacatar PMs
Juiz é preso por estupro em Roraima depois de 4 anos do ato
juiz é preso após atirar em via pública
Juiz mata vigia dentro de supermercado no Ceará
Juiz mata Promotor e celebra 22 anos de impunidade
Juiz bêbado atropela e mata jovem motoqueiro
Juiz "Lalau" é condenado a 26,5 anos de prisão.

Que País é esse?????


Fonte: edcarlos2012.blogspot.com

PMs envolvidos no Bando da Degola são expulsos da corporação

Desligados da Polícia Militar, acusados serão transferidos para uma penitenciária do estado

 
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Renato Vieira de Souza, assinou nesta segunda-feira a confirmação de exclusão dos cabos Renato Mozer e André Bartolomeu, acusados de envolvimento no caso do Bando da Degola, quando dois empresários foram assassinados e decapitados no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com o tenente-coronel Alberto Luíz, chefe do Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar, a decisão foi tomada após conclusão do procedimento administrativo disciplinar da PM, que investigou o envolvimento dos militares no caso. Segundo a decisão, eles feriram artigo 13, inciso 3º, do Código de Ética dos militares estaduais. “A Justiça comum será informada da decisão. A partir do momento que eles não fazem mais parte da Polícia Militar, eles serão removidos para uma instalação prisional pública”, explica o militar. A decisão será publicada em no boletim interno da PM.

Acusados

Os militares têm uma lista de queixas que vão além das acusações de envolvimento na morte dos empresários. Extorsão, ameaça, agressão, invasão de domicílio, arbitrariedade, lesão corporal, ofensa e roubo, são alguns dos itens da lista de queixas.

Renato Mozer

O ex-policial militar, lotado no 22º Batalhão, foi pronunciado no dia 4 de março de 2011 pelo o 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette e vai a júri popular. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, não há dúvida de que o ex-militar participou dos assassinatos das duas vítimas.

André Bartolomeu

O ex-cabo da PM, lotado no 22º Batalhão, vai a júri popular depois da pronúncia proferida no dia 12 de dezembro de 2010 pela juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. O réu foi afastado da corporação cerca de 90 dias depois os crime com uma investigação da Corregedoria da PM.

Salário de deputado e senador cresceu 222% em dez anos, e o patrão concordou?

 

Evolução.O reajuste da remuneração dos congressistas é superior ao dobro do de categorias organizadas
aumento é 20 pontos percentuais maior que o do salário mínimo
CRISTIANO MARTINS - Publicado no Jornal OTEMPO
 
Enquanto deputados federais e senadores brigam na Justiça pelo direito de receber os chamados supersalários (benefícios acumulados cujos valores ultrapassam o teto de R$ 26, 7 mil), levantamento realizado pela reportagem de O TEMPO mostra que, nos últimos dez anos, a remuneração nominal dos congressistas cresceu mais do que o dobro em relação à de determinadas categorias profissionais consideradas representativas e bem estruturadas em sindicatos.
Em 2001, deputados e senadores recebiam subsídios de R$ 8.280. Em dez anos, esse valor mais do que triplicou, sem contar os muitos penduricalhos, alcançando R$ 26,7 mil (aumento de 222,4%). O último reajuste ocorreu neste ano, quando, de uma só vez, o crescimento foi de 61,8% - desde o aumento anterior, em 2006, a inflação acumulada no período não superava os 20%.
Enquanto isso, os pisos nominais das cinco categorias pesquisadas - bancários, metalúrgicos, rodoviários, comerciários e professores da rede particular - tiveram variações entre 101,8% e 138,5%.
Quando a base de comparação é o salário mínimo, que costuma ter ganho real - cresceu 202,7% no período -, os vencimentos dos parlamentares evoluíram em uma proporção vinte pontos percentuais maior (veja exemplos abaixo).
Dentre as categorias contempladas, a que obteve o menor aumento foi a dos educadores da rede privada. Conforme o Sindicato dos Professores de Minas Gerais, o piso cresceu de R$ 482,58 para R$ 973,98 - uma variação de 101,8%. Em seguida, aparecem os rodoviários (110,2%), e os bancários (114,4%) de Belo Horizonte e região metropolitana.
Os comerciários obtiveram o melhor reajuste, com um aumento de 138,5% - de R$ 280 para R$ 668 -, seguidos dos metalúrgicos, cujo piso cresceu de R$ 378 para R$ 880 (132,8%).
Custo elevado. Os subsídios são apenas um dos fatores que fazem do Legislativo brasileiro um dos mais caros do mundo. Segundo o site Congresso em Foco, o valor total embolsado por um parlamentar ultrapassa os R$ 100 mil mensais, sem contar a incorporação de cotas e serviços a que todos têm direito por força da legislação.
Em 2007 - antes, portanto, do último aumento - a ONG Transparência Brasil comparou o orçamento do Congresso brasileiro com os de Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, México e Portugal. A conclusão foi de que a Casa no Brasil só não era mais cara que a dos Estados Unidos e chegava a custar o triplo quando comparada à da França.
Benefícios sem fim
Além do salário, os congressistas contam ainda, todo mês, com os seguintes benefícios:

- Verba indenizatória de até R$ 15 mil
- Verba para transporte aéreo de até R$ 27 mil
- Cota de até R$ 1.000 para telefone fixo e ilimitada para celular
- Auxílio-moradia no valor de R$ 3.800
- Verba de R$ 520 para a compra de combustível
- "Cotão" de até R$ 35, 5 mil para custear fretamento de aeronaves, combustível, assinaturas de publicações, entre outros gastos.
*Fonte: Site Congresso em Foco, com base em dados da Câmara, do Senado e da ONG Transparência Brasil
FOTO: edferreira/agência estado - 1.6.2011
Parlamentares brasileiros tiveram reajuste este ano de 61,8%
edferreira/agência estado - 1.6.2011
Parlamentares brasileiros tiveram reajuste este ano de 61,8%
"Insensibilidade"
Entidades criticam custo-benefício do Congresso Nacional
Para o ex-deputado federal Edgard Amorim, conselheiro da ONG Mãos Limpas, que atua no combate à corrupção, os salários de parlamentares e servidores do Legislativo, seja em nível federal, estadual ou municipal, vêm sendo fixados num padrão "muito além do razoável num país desigual como o Brasil".
"O montante gasto com os congressistas e funcionários das duas Casas clama aos céus diante da miséria de grande parte da nossa população. É um gasto escandaloso, muito fora da realidade", criticou Amorim.
"Ao longo dos tempos, me parece que alguns parlamentares estão perdendo esse conceito de que a missão dele é servir ao bem comum e, não, enriquecer e obter vantagens às custas do dinheiro público", disse.
A "insensibilidade" dos parlamentares e servidores também é alvo das críticas do diretor do Congresso em Foco, Sylvio Costa. "Infelizmente, a grande maioria desses políticos não faz uma autocrítica, não põe na balança o custo em relação ao benefício que eles dão em troca", afirma.
"Nem questiono o valor do subsídio. Não sei se é injusto ou não. O problema é que as carreiras de elite do funcionalismo vêm fazendo um movimento forte para aumentar os salários e, com isso, permanece essa confusão entre o público e o privado que sempre marcou a política brasileira". (CM)
Parlamentares lutam na Justiça por vencimento superior ao teto
Parlamentares e servidores do Congresso vêm brigando na Justiça para garantir os salários superiores ao teto de R$ 26,7 mil. Duas decisões contraditórias marcaram os últimos rounds dessa luta.
Em relação à Câmara, a desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª. Região, rejeitou um recurso da União contra a decisão que já havia vedado os supersalários. Ela entendeu que os servidores podem receber hora extra, desde que o total não ultrapasse o teto.
Já para o Senado, o presidente do TRF, Olindo Menezes, liberou os supersalários. Segundo ele, o corte dos pagamentos afetaria repentinamente o planejamento econômico de centenas de servidores. O presidente da Casa, José Sarney, é um dos beneficiados. (CM)

IBGE aponta Minas com a menor taxa de desocupação no mes de julho desde 2002

BELO HORIZONTE - A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (25), aponta a menor taxa de desocupação no mês de julho para a Região Metropolitana de Belo Horizonte desde 2002. Neste período, a RMBH apresentou taxa de desocupação de 4,7%. Em âmbito nacional, a taxa foi de 6%.

Com relação à remuneração, o rendimento médio real habitual da população da RMBH, no mês de julho, foi estimado em R$ 1.556,80, o que demonstra crescimento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2010. A pesquisa aponta ainda que, dentre o total de ocupados na RMBH, 16,5% são trabalhadores que atuam por conta própria, 77,7% são empregados e 5,6% são empregadores, dado que se destacou na pesquisa por apresentar crescimento de 6,2% em relação ao mês anterior, quando a taxa de empregadores era de 5,1%.

O
secretário de Estado de Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta, destacou o bom desempenho da RMBH e comentou o crescimento da taxa de empregadores. “Mais uma vez Minas Gerais se destaca no cenário nacional, mantendo o índice de desocupação menor que o do Brasil. Vale destacar também o aumento das pessoas que têm seu próprio negócio. Isso reflete os bons resultados das políticas estaduais de apoio ao microempreendedor, que estão sendo elaboradas para dar novas oportunidades ao cidadão mineiro”, ressalta.

Como dissemos antes, se houver vontade política e competência, programa pode ir para Bom Jesus

Governo de Minas amplia no interior capacitação de jovens para a Web 2.0
 
Divulgação/Sectes MG
Secretário Narcio Rodrigues certifica jovem em Pirapora
Secretário Narcio Rodrigues certifica jovem em Pirapora
BELO HORIZONTE (26/08/11) - Nesta semana, o programa Teia – Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo Aplicados chegou às cidades de Pirapora e Buritizeiro, no Norte de Minas, onde 300 jovens receberam seus certificados da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).
A capacitação ensina a utilização das novas ferramentas e aplicativos tecnológicos da internet, enfocando a necessidade de inovar e de despertar o lado empreendedor das pessoas. Ao final do curso, os novos agentes Teia conseguem enxergar possibilidades de novos negócios utilizando as redes sociais.
A entrega de certificados a jovens de Pirapora e Buritizeiro contou com as presenças do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues; da superintendente de Inovação Ambiental, Dea Fonseca; prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de municípios da região; e autoridades e empresários de diversos segmentos.
De acordo com Narcio Rodrigues, o governo mineiro quer ampliar ainda mais o trabalho de formação da cidadania. Ele ressaltou que o lado humano faz toda a diferença. “Só vamos construir uma sociedade melhor se usarmos a tecnologia para o bem, com ética e respeito a cada cidadão”, disse.
O Teia MG é uma rede de prestadores de serviços e de conhecimento que, usando ferramentas e aplicativos da Web 2.0, auxilia empresas, escolas, associações, sindicatos, departamentos governamentais e todos os participantes das comunidades locais a trabalhar seus projetos na internet. O Teia tem o objetivo de promover a inovação nos processos econômicos, políticos e sociais.
A rede nasceu em Minas Gerais e seu foco inicial são os municípios do estado. Porém, ela está aberta a todo o Brasil. Trabalhando no compartilhamento de conhecimento e melhores práticas, oferece serviços que antes só estavam disponíveis para grandes empresas.

Dia Teia

Com a participação de todos os agentes Teia dos polos de inovação, as cidades têm o seu dia de mobilização, palestra e curso prático Teia. A visita dos agentes possibilita o interesse da comunidade na rede Teia. Ao final do trabalho, ocorre o cadastramento de centenas de novos agentes capacitados, que continuarão sua formação e o fortalecimento da rede localmente. Antes de Pirapora e Buritizeiro, o Dia Teia já havia sido realizado nos municípios de Salinas e Teófilo Otoni. O próximo deverá ser realizado em Araçuaí.

SÓ É DIGNO DA LIBERDADE, AQUELE QUE LUTA PARA CONQUISTÁ-LA, E SEM ELA NÃO HÁ CIDADANIA.

O município de Bom Jesus do Galho se localiza a 304 km da capital, sua população segundo IBGE/2008 são 15.541 hab. A economia tem como base a pecuária de leite e a cafeicultura, mas em grande parte do município também se cultiva o eucalipto e outras culturas. A cidade recebe todos os anos milhares de fiéis no Jubileu do senhor Bom Jesus realizado no mês de Setembro.
BLOG DA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA E PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DIGNIDADE - ASSOCIAÇÃO CIDADANIA & DIGNIDADE

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