quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Prefeito inaugura, hoje, nova sede da EMATER-MG e Centro de Comercialização e Negócios da Agricultura (CCNAF)



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Veja mais detalhes

Hospital de Bom Jesus em crise;, qual candidato o derrotado ou o vencedor foi pior prefeito ?



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A crise na saúde pública afeta também o vizinho município de Bom Jesus do Galho. O Hospital São Vicente de Paulo ficou sem médico por três dias consecutivos, praticamente fechado, do dia 13 ao dia 16 deste mês.

A presidência do Conselho Central dos Vicentinos decidiu fechar as portas e lacrou com uma fita a porta principal, conforme as fotos. Mas o impasse estava criado.
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No período da tarde do dia 16 o diretor do hospital tomou a decisão de reabri-lo, devido à grande manifestação pública que se concentrou em frente à unidade, com mais de 200 pessoas ovacionando pela retomada dos atendimentos.

As informações apontam que o motivo da crise é o atraso no pagamento de médicos e funcionários.
O caso do fechamento foi registrado em Boletim de Ocorrência lavrado pela PM.


Com informações do Diário das Gerais

domingo, 18 de novembro de 2012

CORRUPÇÃO: Justiça da ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, condenou ex-prefeito de São Paulo por desvio


SUPER - A Justiça da ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, determinou que as duas empresas da família Maluf devolvam US$ 22 milhões - equivalente a R$ 45,6 milhões - à Prefeitura de São Paulo. Esse valor teria sido desviado pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que foi prefeito da cidade entre 1993 e 1996.

Segundo a sentença, o "município foi vítima de uma fraude, que teve Paulo Maluf como um de seus participantes". O procurador-geral do município de São Paulo, Celso Coccaro, comemorou. "É uma decisão pioneira, proferida no âmbito do direito internacional. Representou um marco contra a corrupção ao reconhecer a fraude contra a prefeitura". Segundo ele, ainda será calculado o valor dos juros, e o montante a ser recuperado pela prefeitura pode subir para US$ 32 milhões.

A decisão, no entanto, ainda não é definitiva, e Paulo Maluf tem o prazo de um mês para apresentar um recurso. Até agora a defesa das empresas ligadas a Maluf não obteve nenhuma decisão a seu favor e já foi repreendida nos autos pelo juiz principal, Howard Page, por conta das medidas protela-tórias que tomou.

A Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público do Estado afirmam que o dinheiro em Jersey, em nome das empresas Kildare Finance e Durant International, tem como origem desvios que teriam ocorrido durante a construção da avenida Jornalista Roberto Marinho, uma das principais obras da gestão Maluf.

A assessoria de imprensa de Maluf, informou em nota anteontem que o ex-prefeito não tem conta em nenhum paraíso fiscal.
Advogados negam desvio
Apesar da decisão, os advogados de Maluf insistem que não há provas de que o dinheiro nas contas das empresas tenha origem de desvio de dinheiro público.

Porém, de acordo com a Promotoria, há provas documentais, periciais e testemunhais que comprovariam os desvios na gestão de Maluf na Prefeitura de São Paulo.

Todo esse material levou à abertura de duas ações de improbidade e dois processos criminais no Brasil.
Em novembro de 2010, os advogados das empresas que controlam o dinheiro em Jersey informaram à Justiça que parte dos recursos tinha relação com negócios particulares de Maluf.
Em novembro de 2010, os advogados das empresas que controlam o dinheiro em Jersey informaram à Justiça que parte dos recursos tinha relação com negócios particulares de Maluf.

O ex-prefeito e atual deputado federal nega ter cometido crimes e que teve ou mantém contas no exterior.

Prefeito some após pedido de prisão provisória


Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia -

Tranquilidade de Mirabela foi quebrada com a notícia de que o prefeito teve prisão decretada

Investigado pelo suposto desvio de R$ 1 milhão dos cofres do município de Mirabela, no Norte de Minas, o prefeito Lacerdino de Menezes (PDT) está desaparecido desde o último dia 12, quando teve sua prisão decretada. Ele chegou a ser considerado foragido da Justiça, mas na sexta-feira (16) o pedido de prisão foi negado pelo Tribunal de Justiça.

Lacerdino e outras cinco pessoas são investigadas por desviar verbas de gasolina para enriquecimento próprio, como divulgou o Hoje em Dia com exclusividade.

O prefeito agia com o apoio do gerente do posto Mirabela, Neemias Pereira, e dos membros da comissão de licitação da prefeitura, Darlen Santos, Antônio Marcos Gonçalves e Silvio Henrique Mendes. 

Vizinhos do prefeito dizem que ele não é visto desde a semana passada. Na prefeitura a informação é de que ele não tinha ido trabalhar essa semana. Os celulares de Lacerdino estão desligados e em sua casa ninguém atende.

A fraude

O esquema comandado por Lacerdino consistia na manipulação de dados de notas fiscais emitidas pelo posto. Todas as vezes que moradores de Mirabela abasteciam no posto e não pediam cupom fiscal, as notas eram emitidas, porém alguns dados ficavam em branco, como a placa do carro ou o CPF do consumidor.

É aí que o grupo agia, preenchendo as notas com dados dos veículos da prefeitura, segundo o MP. Com isso, a administração “pagava” ao posto notas de serviços que haviam sido prestados aos moradores. O dinheiro do abastecimento fictício era rateado entre o prefeito e o posto.

Sociedade

O Ministério Público entrou com ação civil pública denunciando a fraude. Nos autos obtidos com exclusividade pelo Hoje em Dia, a promotoria registra que o próprio prefeito é sócio do posto Mirabela. “Segundo adágio popular, seria autêntica a hipótese onde a raposa fora escolhida para cuidar do galinheiro”, registrou a promotoria.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ministério Público Eleitoral já pediu 349 impugnações



Eleições Municipais


O Ministério Público Eleitoral já pediu a impugnação de pelo menos 349 — ou 12% — das candidaturas analisadas em todo o país, segundo balanço parcial divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral.


Ministério Público Eleitoral já pediu 349 impugnações
De acordo com o tribunal, os registros de 316 candidatos a vereador, 23 a vice-prefeito e outros dez a prefeito vão ser julgados pela 1º instância da Justiça Eleitoral até 5 de agosto. Outros 2.517 candidatos foram considerados aptos.
No Rio, 97 candidatos a vereador tiveram seus pedidos de candidaturas impugnados, segundo balanço preliminar do Ministério Público Estadual (MPE). Pelo menos cinco foram barrados por terem a ficha suja, segundo o MPE. Os nomes deles não foi divulgado. O órgão informou, por meio de nota, que os pré-candidatos têm anotações de antecedentes criminais incompatíveis com a lei da Ficha Limpa e que foram condenados por órgãos colegiados. Além disso, outros 14 registros de candidaturas não foram aceitos no estado porque não foram apresentadas as contas de campanha. Há ainda 25 postulantes a vereador que tiveram as contas desaprovadas, já com a sentença transitada em julgado e mais 52 com contas desaprovadas pela Justiça Eleitoral.
No Piauí, 2.354 registros de candidaturas foram postos em xeque. O Tribunal Regional Eleitoral do estado não sabe quantos estão enquadrados na Lei da Ficha Limpa e quantos foram impugnados por falta de documentos necessários para o registro. Mas a maioria é por condenação por improbidade administrativa e abuso do poder político e econômico nas eleições, e ainda por condenação por colegiados dos tribunais.
Em Pernambuco, as impugnações solicitadas pelo Ministério Público, no entanto, têm motivo diferente da Lei da Ficha Limpa. Ao todo 382 candidatos a vereador de Recife, de onze coligações ou partidos, podem ficar impedidos de disputar as eleições. Segunodo o MP, os partidos não cumpriram a exigência legal de destinar 30% de suas chapas a candidatas do sexo feminino. Apenas um pedido de impugnação com base na Lei da Ficha Limpa havia sido encaminhado pelo MP.  

 (Efrém Ribeiro, Letícia Lins, Luiz Gustavo Schmitt)
Revista Consultor Jurídico

Denúncia: prefeito de Bom Jesus é investigado por compra de votos.


O prefeito reeleito de Bom Jesus do Galho Jadir José da Silva, de 47 anos, e o vice Eduardo Raspante, de 48, ambos do partido Democratas (DEM) e da coligação União Democrática Trabalhista Popular, são investigados por suposta compra de votos, que teria sido cometida durante o período de campanha eleitoral nessas eleições 2012. Um documento mostra que a ação judicial sobre o caso já foi protocolada na Justiça Eleitoral de Caratinga, na última sexta, 9 de novembro.
As denúncias dessa suposta compra de votos envolvendo o prefeito Jadir e o vice Eduardo, reeleitos em Bom Jesus nessas últimas eleições com quase 52% dos votos, foram feitas pela coligação Frente Renovadora para o Progresso. Coligação de oposição à coligação do prefeito Jadir. Jadir e Eduardo disputaram as eleições 2012 com Padre Aníbal Borges do Partido dos Trabalhadores (PT), que obteve quase 49% dos votos, o que representa 4750 contra 5039 obtidos por Jadir. Uma diferença de 289 votos.
Eleitores teriam sido ameaçados com corte do Bolsa Família 
Nesta sexta-feira (13/11), em entrevista coletiva, o advogado do processo de quase 500 páginas, Sidiney Menezes Moreira, disse como surgiram as denúncias desse possível esquema de compra de votos em que os eleitores seriam ameaçados de ter o benefício do Programa Bolsa Família cortado, caso eles não votassem no partido de Jadir.
“Os eleitores procuraram voluntariamente os partidos políticos visando denunciar irregularidades praticadas pelos candidatos Jadir José da Silva e Eduardo Raspante, e seus apoiadores e cabos eleitorais. As irregularidades eram integrantes do Programa Bolsa Família. Os candidatos pessoalmente e por meio de seus cabos eleitorais procuravam os eleitores em suas residências munidos logicamente de uma lista contendo essas informações do Programa Bolsa Família - e esse candidato Jadir José da Silva é detentor do poder público – e ameaçavam os eleitores com a suspensão do benefício caso não apoiassem suas candidaturas”, disse o advogado.  
Ainda conforme o advogado, outros meios de compra de votos também teriam sido utilizados para tentar convencer os eleitores: “Há também o oferecimento de materiais de construção, de cestas básicas. Isso não é uma conclusão minha, é uma conclusão das provas que estão nos autos. Os eleitores voluntariamente fazem essa manifestação, o Ministério Público já colheu essas declarações e eles confirmam claramente”.
As provas materiais como documentos e CDs com depoimentos de possíveis eleitores foram entregues ao Ministério Público (MP) na semana seguinte após as eleições. João Batista Jacobs, presidente do PMDB, é quem foi o autor da denúncia junto ao MP. Sidiney comentou o que existem nessas provas.
“Essas provas mostram que a campanha - a legitimidade, a normalidade das eleições de Bom Jesus do Galho foi afetada drasticamente. Feriu-se a dignidade das pessoas com ameaças à suspensão de benefícios que são mínimo existencial dessas pessoas". E mais uma vez reafirmou que os eleitores supostamente coagidos confirmam essas denúncias: "Confirmam totalmente essas informações, confirmam em sede do Ministério Público e confirmam em gravações que estão nos autos da investigação eleitoral". A defesa acredita ainda que essa suposta compra de voto também interferiu no resultado da eleição, que apresentou a diferença de quase 300 votos.
Homem que não quis ser identificado declara que família teria sido coagida
Um homem, que não quis se identificar, relatou que familiares dele teriam sido supostamente coagidos nesse possível esquema de compra de voto: “Devido ao fato de a minha família apoiar um partido contra o atual prefeito, né, na atual administração. Isso aconteceu diretamente, por quê? Pelo fato de não trocarem – fazer as – trocar os cartazes, trocar as bandeiras. Então, diretamente, fui influenciado diretamente e foi cortado durante esse período político a Bolsa Família de um... de pessoa da família. Eles já chegam com ameaças né. Devido ao fato de saber que como é cidade pequena, já sabe quem vota em quem. Então, devido ao fato de saber em quem você vota, eles já chegam fazendo ameaça e... já falando diretamente: “se você não trocar as bandeiras ou colocar bandeira azul, nós vamos te... É... Cortar diretamente o Bolsa Família”. E foi exatamente o que aconteceu na minha família né. Aí acabou cortando o Bolsa Família de um parente. Isso aí não está nas mãos, não é direito de uma pessoa que trabalha na prefeitura, é... Fazer esse... Trabalhar dessa forma né. Pra poder influenciar e diretamente prejudicar uma família”.  Batista, presidente do PMDB, lamentou em relação ao possível esquema de compra de voto.
Denunciados
O Super Canal entrou em contato com a Prefeitura de Bom Jesus do Galho para comentar sobre o caso, mas a reportagem foi informada por telefone que o prefeito Jadir e o vice Eduardo estavam em viagem.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

RFFSA, um patrimônio esquecido.





Para quem não sabe o bonito e histórico Pontilhão da Rua Bom Jesus, localizado no município de Raul Soares, distante de Belo Horizonte pela BR 262, 233 KM, completará no ano que vem 100 anos, desde quando foi inaugurado em 1913. A estação ferroviária foi inaugurada em 1916 e a data está lá até hoje. Falar em trem de ferro, na época para quem não conhecia foi um trem do outro mundo, e quando aquele tão esperado trenzão de ferro chegou na cidade foram poucos os que não saíram correndo, todo mundo imaginava que fosse grande mas não tão grandão. (autor: Júlio Nesce)

Com a desativação do ramal ferroviário do município de Caratinga a Ponte Nova, que tinha como destino o Rio de Janeiro, muitas obras de arte do acervo da extinta Rede Ferroviária Federal - a famosa e cantada "RFFSA, ficaram literalmente abandonadas a céu aberto, mas que ainda podem ser admiradas como marco de um época de grande desenvolvimento e prosperidade, e na atualidade poderiam abrigar um projeto com um roteiro turístico, histórico e cultural, com recursos tanto do governo estadual como federal.

Raul Soares, pela vasta extensão territorial, possibilitou que povoações se instalassem e crescessem ao longo de todo trecho da linha férrea, o que lhe favorecer receber 04 estações que ainda preservam sua estrutura e traços arquitetônicos, históricos, culturais, e de muita tradição entre os moradores da região, por isto além de proteger um patrimônio tão valioso e importante é fundamental transformá-lo em algo que possa beneficiar e atrair visitantes, turistas, e os próprios cidadãos, que compreenderam como a valorização de sua história pode ser usada para melhorar suas condições de vida. 

José Luiz Barbosa
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade.
 

domingo, 30 de setembro de 2012

Introdução 

É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.

A importância do voto

Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escol
her um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.

Como votar conscientemente

Em primeiro lugar temos que aceitar a idéia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político?
É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo idéias para o seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. A cobrança também é um direito que o eleitor tem dentro de um sistema democrático.

Durante a campanha eleitoral

Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e tv parecem ser todos iguais. Procure entender os projetos e idéias do candidato que você pretende votar. Será que há recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder? Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político que ele pertence merece seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato.

Conclusão

Como vimos, votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter conseqüências negativas sérias no futuro, sendo que depois é tarde para o arrependimento.


Fonte http://www.suapesquisa.com/

  1. Silvinho da Deleite à frente de Célio e Rogério

    Segundo uma reportagem do Jornal "Diário das Gerais", deste sábado, 29, com três candidatos, as eleições em Raul Soares prometem ser acirradas até o fim. Por enquanto, de acordo com sondagem realizada no município, o candidato Sílvio Cláudio Silveira - Silvinho da Deleite (PR) -, aparece à frente de Célio David Nesce (PSD) e Iussef Rogério de Olivei

    ra Felipe (PPS).

    Foram ouvidos 624 eleitores no município de Raul Soares nos dias 27 e 28 de setembro de 2012, com a finalidade de realizar um levantamento de opiniões a respeito da intenção de voto destes eleitores para as eleições majoritárias deste ano.

    Dentre os entrevistados, 39% disseram que se as eleições fossem hoje, votariam para eleger o candidato Silvinho da Deleite. Para 33% dos eleitores entrevistados, Célio Nesce é o melhor nome para governar o município pelos próximos quatro anos, enquanto 20% disseram depositar o seu voto no candidato do PPS, Rogério.

    Os eleitores que afirmaram ainda estarem indecisos quanto ao seu voto, somaram 6% do total de entrevistados, enquanto brancos e nulos somaram 2%.

    Este resultado vem confirmar a tendência apontada pela enquete realizada por este blog, publicada neste sábado, 29.

    Observação: Esta amostra não se trata de pesquisa eleitoral, descrita no art. 33 da Lei nº 9.504/97, mas de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.

    Fonte: Diário das Gerais - Caratinga





  2. Introdução

    É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.

    A importância do voto

    Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escol...Ver mais

  3. Especialista fala sobre a importância da pesquisa eleitoral


    Começou a disputa pelas eleições de outubro deste ano. Com isso, a circulação de cabos eleitorais, a disposição de faixas, a circulação de carros de som e a distribuição de santinhos já tomaram conta das ruas de todo o país. Apesar da movimentação, um trabalho específico pode ser o principal diferencial para as campanhas.

    Trata-se da
     pesquisa eleitoral, uma ferramenta comumente utilizada durante esta época do ano. Com o resultado dos levantamentos, os postulantes aos cargos eletivos têm a possibilidade de identificar pontos importantes e traçar estratégias capazes de reverter os quadros negativos ou manter as características positivas até as urnas.

    Para entender melhor o processo, conversamos com o Cientista Político Ricardo Mariath, diretor da agência de publicidade e propaganda Virtù Consultoria, especializada na realização de pesquisas de opinião voltadas para o segmento de marketing político. De acordo com o empresário, o segredo para obter sucesso no segmento é investir na qualificação dos entrevistadores, trabalhar com estatísticos legalizados no CONRE (Conselho Regional de Estatística) e seguir as prerrogativas legais para o exercício da função junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    A todas estas ferramentas e princípios podemos chamar de pesquisa, e não o que o candidato da coligação declare seu amor a Raul fez já logo no início da campanha eleitoral em Raul Soares, quando lançaram uma sondagem feita de modo ilegal e sem observação de criterios tecnicos e legais para enganar e ludibriar os cidadãos raul-soarenses, e que está sob investigação do Ministério Público, sujeitando-se a penalidade de multa e até cassação da candidatura, com a clara intenção de induzir o eleitor a pensar tratar-se do candidato melhor classificado, o que pelo resultado divulgado recentemente, em que os números não mentem, apontando dentre os candidatos às eleições, como o melhor avalidado nas intenções de voto do eleitor, o candidato Silvinho da coligação pra frente Raul.

    Mas vamos compreender melhor a pesquisa eleitoral.

    I - Qual é a importância da pesquisa eleitoral?

    Ricardo Mariath - Na verdade, as pesquisas eleitorais são um termômetro, pois servem como norte para os candidatos. A pesquisa é capaz de dizer se o candidato tem “X” ou “Y” de intenção de voto ou rejeição, se tem mais votos em um determinado local do que em outro, ou seja, ela acaba sendo um instrumento de análise. É possível detectar as aspirações da sociedade, tanto em termos políticos quanto econômicos e levar para os candidatos o direcionamento de suas campanhas.

    As questões dos discursos e das posturas de campanha são orientadas pelas pesquisas. Não se faz mais campanha, em pleno século XXI, de forma amadora, tradicional, onde a publicidade é feita pelo amigo e a pesquisa é feita boca a boca porque, nesses casos, o trabalho está fadado ao insucesso. Atualmente, é preciso aliar pesquisa, estratégia e publicidade, três ramos com especialistas trabalhando em conjunto para que as campanhas sejam vitoriosas.

    NI - Como mensurar a credibilidade destes levantamentos?

    RM - Essa pergunta é interessante porque todo mundo faz pesquisa, mas ninguém vê de direito essas pesquisas. Os institutos, bem como os estatísticos responsáveis pela análise precisam ser registrados no Conselho Regional de Estatística (CONRE), esta é uma das prerrogativas legais. Além disso, as pesquisas responsáveis por levantamentos de opinião precisam cumprir uma série de exigências impostas pela Justiça Eleitoral, submetendo seu plano amostral, sua ponderação de sexo, idade, metodologia, margem de erro, entre outros fatores à ela. Isso garante uma maior veracidade, ou seja, são empresas idôneas realizando um trabalho sério, metodológico e científico.

    NI - Como funcionam estas pesquisas?

    RM - Há um plano amostral calculado pelo estatístico, que estabelece a margem de erro estipulada. Em cima disso, é calculado o número de entrevistas que serão colhidas naquela região, por sexo, idade, escolaridade e faixa de renda. O entrevistador visto na rua com prancheta não está abordando qualquer pessoa, mas colhendo quantitativos exatos da proporcionalidade. Ele vai abordar “X” homens, “X” mulheres, em determinadas faixas etárias e nível escolar. Assim que a cota determinada é cumprida, ele não pode mais entrevistar pessoas naquela cota, pois ocorre o viés, o erro de pesquisa. Então, trata-se de uma ferramenta que trabalha com metodologia científica. Por isso uma empresa faz pesquisa no Brasil inteiro, com margem de erro de dois pontos percentuais, entrevista 2.500 pessoas no país e acerta o resultado eleitoral. Isso é possível porque a pesquisa é uma ferramenta estritamente de metodologia científica.

    NI - Quais são os tipos de pesquisa?

    RM - As pesquisas se dividem em qualitativas e quantitativas. As quantitativas, vão dimensionar o sentimento da população perante os temas ali abordados. Já as qualitativas vão explorar os porquês, ou seja, por que o candidato é mal avaliado, por que o governo está ruim.

    NI - Em alguns casos, o levantamento pode mostrar um alto índice de rejeição por parte de um determinado candidato. Qual a importância desse diagnóstico em relação às linhas gerais da pesquisa?

    RM - A rejeição se deve por dois fatores. Se existe um candidato que seja bastante conhecido daquela sociedade e tenha um alto grau de rejeição, nós costumamos dizer, como estrategistas de campanha, que este candidato não possui viabilidade eleitoral. Quando um candidato tem um alto índice de rejeição e um grande nível de desconhecimento, esse fator indica que o candidato não é conhecido e, por este motivo, as pessoas dizem que não votariam nele. Então, esses candidatos com baixo índice de conhecimento, mas uma rejeição alta, às vezes não possuem uma negativa pessoal à ele, pode ser por desconhecimento. Assim, o postulante ao cargo tem uma grande possibilidade de crescer nas pesquisas, junto ao eleitorado. A rejeição tem esse caráter, ela viabiliza ou inviabiliza o candidato. Agora, detectar essa rejeição requer bastante experiência por parte do estrategista da campanha e do instituto.

    NI - No caso dos candidatos que estão à frente nas pesquisas. O que é necessário para manter o índice até outubro?

    RM - Na verdade, as pesquisas precisam ser periódicas. Não adianta fazer o levantamento sem certa periodicidade, pois a gente perde as grandes temáticas que estão em voga naquele momento. Se o candidato ficou muito tempo sem fazer esse monitoramento e hoje tem um índice alto, daqui a um mês a intenção de votos dele caiu. Se o instituto consegue monitorar mês a mês ou quinzenalmente, dependendo do cargo de disputa, é possível mensurar os pontos fortes da campanha e isso é muito importante. A pesquisa funciona com detecção e monitoramento. Cabe um planejamento de pesquisa, junto ao corpo de estratégia da campanha, que começa um ano antes das eleições, no mínimo. Então, você começa com pesquisas periódicas, mês a mês, depois você diminui esse intervalo.

    Locais que possuem tempo de televisão, exigem um monitoramento muito maior porque além das quantitativas, você mede o impacto do horário eleitoral através das pesquisas qualitativas. Não adianta você ter um corpo de pesquisa excelente ou estrategistas muito qualificados se a capacidade de pesquisa é fraca, com uma empresa que não tenha experiência em eleição ou não siga as prerrogativas legais. Toda a metodologia da campanha será baseada nas pesquisas e se não forem realizadas por institutos sérios, com credibilidade, isso provavelmente vai fazer a campanha ir por água abaixo.

    Assim podemos compreender a importância da pesquisa e seu alcance como instrumento de definição dos trabalhos e atuação de cada candidato, e como podemos também concluir, não basta querer ganhar a eleição no grito, é preciso convencer os cidadãos, principalmente dos compromissos, propostas, qualidades, e perfil do candidato que além de respeitar os eleitores comparecendo em debates públicos, também tenha propostas e assuma compromissos que atendam os interesses dos cidadãos e do munícipio.

    José Luiz Barbosa

    Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade.
Silvinho da Deleite à frente de Célio e Rogério

Segundo uma reportagem do Jornal "Diário das Gerais", deste sábado, 29, com três candidatos, as eleições em Raul Soares prometem ser acirradas até o fim. Por enquanto, de acordo com sondagem realizada no município, o candidato Sílvio Cláudio Silveira - Silvinho da Deleite (PR) -, aparece à frente de Célio David Nesce (PSD) e Iussef Rogério de Olivei
ra Felipe (PPS).

Foram ouvidos 624 eleitores no município de Raul Soares nos dias 27 e 28 de setembro de 2012, com a finalidade de realizar um levantamento de opiniões a respeito da intenção de voto destes eleitores para as eleições majoritárias deste ano.

Dentre os entrevistados, 39% disseram que se as eleições fossem hoje, votariam para eleger o candidato Silvinho da Deleite. Para 33% dos eleitores entrevistados, Célio Nesce é o melhor nome para governar o município pelos próximos quatro anos, enquanto 20% disseram depositar o seu voto no candidato do PPS, Rogério.

Os eleitores que afirmaram ainda estarem indecisos quanto ao seu voto, somaram 6% do total de entrevistados, enquanto brancos e nulos somaram 2%.

Este resultado vem confirmar a tendência apontada pela enquete realizada por este blog, publicada neste sábado, 29.

Observação: Esta amostra não se trata de pesquisa eleitoral, descrita no art. 33 da Lei nº 9.504/97, mas de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.

Fonte: Diário das Gerais - Caratinga

terça-feira, 21 de agosto de 2012

PROPOSTA DE SENADOR PEDE FIM DE SALÁRIOS PARA VEREADORES EM CIDADES DE ATÉ 50 MIL HABITANTES. VAMOS DIVULGAR E ACABAR COM A FARRA DO DINHEIRO PÚBLICO.

Encontra-se em análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado a proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que pretende acabar com o pagamento de salários aos vereadores dos muni
cípios com até 50 mil habitantes. A proposta promete gerar muito debate e reclamação, pois atinge quase 90% dos municípios brasileiros.


Dos 81 membros do Senado, 30 endossaram o texto original da PEC, legitimando sua tramitação no Senado. Se a proposta passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, percorrerá um longo caminho, até ser aprovada pelo Congresso Nacional, passando por discussão e votação em dois turnos, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, considerando-se aprovada quando obtiver três quintos dos votos dos membros das duas Casas.


Com base no Censo 2010, caso a PEC venha a ser aprovada com o Congresso mantendo seu texto original, dos 5565 municípios brasileiros, em apenas 10,9% deles, ou seja, em 609 os vereadores continuariam tendo o direito de receber salários.



Em Minas Gerais, a situação ficaria ainda mais restrita. Dos 853 municípios existentes no Estado, apenas 66 (7,7%) possuem mais de 50 mil habitantes, de acordo com a estimativa do IBGE de julho de 2011, feita com base no Censo 2010.



Neste caso, entre as cidades mineiras cujos vereadores perderiam o direito ao salário estão Guaxupé, Congonhas, Bom Despacho, Diamantina, Monte Carmelo, São Lourenço, Nanuque e Almenara.



Nas microrregiões de Caratinga e Manhuaçu a coisa seria ainda mais complicada para os vereadores. Somente as duas cidades polo contariam com vereadores remunerados. Em Inhapim, Bom Jesus do Galho, Ubaporanga, Manhumirim, Raul Soares, Ipanema e em todos os demais municípios das duas microrregiões os vereadores trabalhariam voluntariamente, como acontecia no Brasil até o final da década de 70, quando o então presidente Ernesto Geisel instituiu o pagamento de subsídio mensal aos vereadores de todos os municípios do País o que, até então, ocorria somente nas câmaras municipais das capitais.



Ao defender o texto da proposta de sua autoria, o senador Cyro Miranda diz estar seguro dos benefícios que a adoção da PEC trará. “A partir desta iniciativa, os vereadores serão considerados agentes honoríficos e passarão a assumir este cargo eletivo em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua capacidade profissional. O que se pretende com a adoção desta medida é selecionar candidatos comprometidos com a ética, o interesse público e o desenvolvimento local”.



O senador Cyro Miranda vai mais além, ao justificar sua proposta. “A imensa maioria das câmaras municipais, em especial a dos municípios com menos de 50 mil habitantes, costuma reunir-se apenas de duas a três vezes por mês. Os meios de comunicação, frequentemente, noticiam que os municípios pequenos remuneram os seus parlamentares com subsídios altíssimos. Não é justo e nem possível sustentar uma folha de pagamento tão pesada assim. Não se pode brincar com o erário público e o objetivo desta PEC é acabar com esta farra”.



A PEC ainda prevê que o limite das despesas das câmaras corresponda a, no máximo, 3,5% da arrecadação municipal. Além disso, estipula tetos para os salários dos vereadores na faixa dos 100 mil, 300 mil e 500 mil habitantes, que não poderão passar de 50%, de 60% e de 70% do salário de um deputado estadual, respectivamente.



Pascoal Online, com informações de A Semana Agora

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Córrego Novo tem 929 eleitores a mais do que habitantes


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Córrego Novo é um dos 13 municípios mineiros cujo número de eleitores cadastrados para votar nas eleições municipais de 07 de outubro supera o número total de seus habitantes. A comparação do resultado do Censo 2010 com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que o eleitorado do município é 29,7% maior do que a população.


De acordo com a última contagem populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, Córrego Novo possui 3129 habitantes. Por sua vez, os eleitores cadastrados no cartório eleitoral da 72ª Zona Eleitoral da Comarca de Caratinga confirmam que o número de eleitores do município é de 4058, portanto, 929 eleitores a mais do que toda a população da cidade.

Embora os números de Córrego Novo e das outras 12 cidades mineiras em que o eleitorado supera a população sejam incomuns, a princípio, tal discrepância não se configura, necessariamente, numa fraude.

A legislação eleitoral brasileira permite que uma pessoa resida em um município e vote em outro, caso ela mantenha algum vínculo com o antigo município. Isso ocorre, por exemplo, com alguns deputados e senadores que, embora residam em Brasília, mantêm domicílio eleitoral em uma cidade de seu estado. O vínculo capaz de tornar legal a situação pode ser através de negócios, propriedades e atividades políticas, além de vínculos históricos.





No Brasil, segundo o TSE, existem 138 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições deste ano, número que corresponde a, aproximadamente, 70% da população do País.
Entre as pessoas que não são eleitoras estão os menores de 16 anos, quem tem mais de 16 anos e menos de 18 e optaram por não se tornar eleitores e aqueles que são impedidos de votar, como os presos apenados ou quem perdeu os direitos políticos.

Aplicando-se a média nacional aos 3129 habitantes de Córrego Novo, o número normal de pessoas residentes no município cadastrados para votar deveria girar em torno de 2200 eleitores. Com base neste cálculo, mais de 1800 pessoas cadastradas como eleitores do município não residem na cidade.

Uma das possíveis alegações para justificar a estranha situação eleitoral de Córrego Novo poderia ser a reduzida oferta de emprego para os mais jovens que, em busca de oportunidades e de estudo, se vejam impulsionados a mudar para outras cidades, até mesmo da região, como Caratinga, Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano.

Apesar de isso ser plausível, é estranho que em nenhum dos demais municípios da região Leste de Minas, onde a falta de emprego é um problema comum a  praticamente todos eles, o número de eleitores supere o de habitantes.

Desta forma, não pode se descartar a possibilidade da situação eleitoral de Córrego Novo ter sido motivada por excesso de transferência dos títulos eleitorais de pessoas de outras cidades para o município, por exclusivo interesse político eleitoral.

A legislação eleitoral determina que a Justiça poderá pedir a revisão do eleitorado dos municípios em três situações: quando o total de transferências de eleitores em um ano for 10% superior ao do ano anterior; quando o eleitorado de um município for superior à soma do dobro da população entre 10 e 15 anos e da população com idade superior a 70 anos; e quando o eleitorado corresponder a mais de 65% da população. Porém, a revisão não é realizada em ano eleitoral.
Curiosamente, todos os 13 municípios mineiros nos quais o eleitorado supera a população possuem menos de cinco mil habitantes. Ao todo, no Brasil, 305 municípios possuem mais eleitores do que habitantes.


Pascoal Online, com informações de A Semana Agora

O estado da democracia no Brasil



Quando se pergunta a esses economistas de plantão como está o Brasil, eles imediata auscultam a Bolsa de Valores nos seus Ipads, como um médico faz um exame cardiológico. O vai e vem da Bolsa seria o tique- taque da saúde da economia e do próprio país, para a mentalidade mercantil que orienta esses economistas.



Se a Bolsa de Valores faz parte do país – mesmo se de forma um tanto contraditória, na medida em que atrai capitais especulativos -, a situação do país real tem que ser auscultada em outro lado e com outros métodos.


Os avanços mais significativos do Brasil na ultima década se deram no plano da sua democratização social. Uma política econômica que articula estreitamente desenvolvimento econômico com extensão do mercado interno de consumo popular, que prioriza a expansão dos direitos econômicos e sociais e não os ajustes fiscais, tem permitido ao país mais desigual do continente mais desigual, apresentar uma imagem social menos desigual, menos injusta, com menos pobreza e menos miséria do que marcou tradicionalmente a nossa sociedade.



Esses avanços se chocam com estruturas políticas que mantem suas características tradicionais de instrumentos de poder das velhas elites políticas, que aparecem como freios para que a democratização social se expresse em estruturas políticas – tanto parlamentares, como jurídicas e do aparato-estatal – concordes com esses avanços.



Se alguém conseguisse fazer o exercício mirabolante de imaginação e fizesse abstração dos enormes avanços nos direitos sociais dos milhões de brasileiros que estão tendo seus direitos sociais atendidos, parece que seguimos vivendo em governos anteriores – os do Sarney ou do FHC, por exemplo. Governos em que as heranças da ditadura se faziam sentir de forma direta, seja no pessoal político, nas estruturas jurídicas, nas formas de funcionamento do Estado, nas representações parlamentares.



Até onde essas estruturas são compatíveis com a democratização do Brasil? O Congresso é impermeável, pela sua representação eleita pelo financiamento privado de campanhas, que produzem fortes lobbies corporativos, a projetos de democratização das arcaicas e monopolizadas estruturas do campo brasileiro e, ao contrário, ameaça consolidá-las com a aprovação de um Código Rural que aponta para retrocessos maiores ainda.



É impermeável à aprovação de um Marco Regulatório dos meios de comunicação, que permita romper com o monopólio privado de algumas famílias que pretendem formar a opinião pública nacional e partir dos seus próprios interesses e opiniões. E, como diz o Lula, não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da imprensa.



O Congresso, eleito com os privilégios das campanhas privadas, que traduzem as desigualdades econômicas e sociais para as campanhas eleitorais e para o Congresso, tampouco procederá à reforma democrática do sistema eleitoral, que supõe, em primeiro lugar, o financiamento público das campanhas.



O Judiciário tem se mostrado insensível e incapaz de promover a justiça no Brasil, burocrático, passível de corrupção, inadequado para a promoção da justiça e a extensão dos direitos para a grande maioria da população, que o país urgentemente precisa. 



O aparato de Estado foi feito para reproduzir as relações dominantes, marcadas pela exclusão social, pelo monopólio das elites tradicionais, que sempre se apropriaram desse aparato para promover seus interesses e reproduz a sociedade desigual e fragmentada que temos.



O governo Lula avançou pelas beiradas, pelas brechas, com o instinto do ensaio e erro do ex-presidente, valendo-se das imensas precariedades herdadas – recessão econômica, exclusão social, concentração de renda, desarticulação do Estado. Retomou-se a expansão econômica, estreitamente articulada com a expansão do mercado interno de consumo popular e a extensão dos direitos sociais. Pela primeira vez a situação social da grande maioria pobre da nossa sociedade melhora. Porém, mesmo para obter esses resultados e dar-lhes continuidade, o governo enfrenta grandes obstáculos, que tantas vezes inviabilizam, mudam a natureza dos projetos ou tiram toda sua eficácia, porque se trata de um Estado – em todas suas estruturas, administrativas, financeiras, jurídicas – que não está feito para promover políticas de inclusão da grande maioria da população.



Nesse marco, a imensa democratização social levada a cabo pelos governos Lula e Dilma não encontra correspondência em processos de democratização política que, por exemplo, permitissem renovar radicalmente as representações politicas no Congresso, que tiveram mudanças menores, sem refletir as transformações sociais no Brasil contemporâneo. O bloqueio do financiamento público de campanha, feito exatamente pelos partidos que se beneficiam dos recursos privados, que os elegem e reelegem, falseando a representação popular, condena o Parlamento à desmoralização atual e ao bloqueio das iniciativas mais progressistas que necessitamos – no plano dos meios de comunicação, do meio ambiente, da política agrária, na reforma do Estado, na democratização do Judiciário, na transparência do funcionamento de todas as instituições públicas, na conquista de direitos ligados à mulher, entre tantas outras.



Sem democratização do Estado, do sistema de representação política, de formação de opinião pública, das relações econômicas e sociais no campo, haverá limites fundamentais para que o Brasil siga, nesta década, a trajetória que vinha trilhando na década passada. Inclusive no poder que o Estado necessita para impulsionar o crescimento econômico que o pais urgentemente precisa, mais além dos interesses corporativos e de busca especulativa de lucros – sem produzir nem bens, nem empregos – do grande capital privado.



Os maiores avanços democráticos que o Brasil teve nestes anos vieram de iniciativas especificas. A Comissão da Verdade, a aprovação do direito ao casamento dos homossexuais e o reconhecimento jurídico e político das políticas de cotas nas universidades. São iniciativas muito importantes, mas que precisam de reformas democráticas do Estado e do sistema político, para fazer do Brasil um país socialmente justo, democraticamente forte e economicamente soberano.



Fonte: Carta Maior

SÓ É DIGNO DA LIBERDADE, AQUELE QUE LUTA PARA CONQUISTÁ-LA, E SEM ELA NÃO HÁ CIDADANIA.

O município de Bom Jesus do Galho se localiza a 304 km da capital, sua população segundo IBGE/2008 são 15.541 hab. A economia tem como base a pecuária de leite e a cafeicultura, mas em grande parte do município também se cultiva o eucalipto e outras culturas. A cidade recebe todos os anos milhares de fiéis no Jubileu do senhor Bom Jesus realizado no mês de Setembro.
BLOG DA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA E PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DIGNIDADE - ASSOCIAÇÃO CIDADANIA & DIGNIDADE

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