segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Farra com dinheiro público, e a população sem serviço público de qualidade

A despesa da prefeitura de Caratinga com os veículos daria para comprar 544 casas

O exagero dos gastos feitos pelo Governo João Bosco, apenas para aluguel de carros, chega a chocar as pessoas, uma vez que, desde o início do mandato, a população tem reclamado a realização de obras baratas e denunciado falta de remédios, materiais de consumo no Centro Odontológico e, até mesmo, botas e luvas para as funcionárias das creches municipais, levando a serem feitas comparações sobre os benefícios que poderiam advir do uso correto desses recursos.

Os R$ 10.895.562,32 de recursos do Município de Caratinga, que o prefeito João Bosco pagou por aluguel de veículos, seriam suficientes para a construção de 544 casas populares, ao preço de R$ 20 mil a unidade.

Fazendo-se outras comparações, este valor seria suficiente para a Prefeitura investir na compra de 435 carros populares, ao preço médio de R$ 25 mil. Seria possível, ainda, comprar 43 caminhões basculantes ou 43 retroescavadeiras - ambos com preço de, aproximadamente, R$ 250 mil - e, até mesmo, 22 patrolas, ao preço aproximado de R$ 500 mil.


A irresponsabilidade no uso do dinheiro público demonstrada pelo prefeito João Bosco é tamanha que, mesmo mantendo a contratação exagerada de veículos, se não houvesse ocorrido a intermediação da Cooperminas/Minas Brasil, daria para economizar os R$ 3,7 milhões referentes à diferença entre o que a Prefeitura pagou à cooperativa e o valor repassado aos donos dos veículos, dinheiro suficiente para construir 185 casas populares ou comprar 148 carros.

Vale lembrar que, no final do ano passado, por mau gerenciamento administrativo, o Governo João Bosco se viu obrigado a vender a Folha de Pagamento ao Banco Itaú, para pagamento de salários e do 13º dos servidores municipais.

Sem falar nos atrasos de pagamento que já aconteceram durante o atual mandato e a negativa em conceder reajuste salarial ao funcionalismo.

O aluguel de um carro pequeno, ao preço de R$ 3.511,75, conforme a Ordem de Serviço 2045/2011, corresponde ao aluguel de um carro de passeio básico, para 200 horas trabalhadas e 2000 quilômetros. Em dois anos e meio, foram gastos mais de R$ 105 mil pelo aluguel de cada carro pequeno, quantia suficiente para comprar mais de quatro carros populares Zero km, modelo 2012.

Esses R$ 105 mil usados para alugar um único carro, de 1º de janeiro de 2009 a 30 de junho de 2011, dariam para comprar um veículo novo, pagar o salário do motorista - ao valor de R$ 1.000,00 mensais -, suas duas férias e os dois 13º e, ainda, sobrariam R$ 27.400,00, quantia suficiente para a Prefeitura comprar um carro novo (veja planilha abaixo).
O comparativo pode ser aplicado, também, aos veículos para transporte escolar. Pelo aluguel de um veículo utilitário, com capacidade mínima de 09 passageiros, a Prefeitura de Caratinga paga R$ 5.242,18 por mês, gastando mais de R$ 157 mil pelo contrato de um veículo desse porte em 30 meses. Uma Kombi Escolar Volkswagen, modelo 2012, para 15 passageiros, custa R$ 57.390,00. Somando-se a este valor o gasto com combustíveis (consumo calculado em 07 km/litro), salários, férias e 13º do motorista, a Prefeitura teria gastado, aproximadamente, R$ 118 mil, numa economia de R$ 39 mil. Vale ressaltar que, neste caso, a partir do pagamento do carro, as despesas se limitariam aos salários do funcionário e gastos com combustível, ao passo que, sendo mantido o sistema de locação de veículos,, até o final do atual mandato, o Município terá que desembolsar, aproximadamente, mais R$ 6,5 milhões, sem a aquisição de qualquer bem.

Por isso, torna-se impossível acreditar que o contrato firmado pelo prefeito João Bosco com a Cooperminas/Minas Brasil, que já consumiu mais de R$ 10 milhões de recursos públicos, trouxe alguma vantagem para o município de Caratinga.
A desculpa de que a compra de veículos traria prejuízos à Prefeitura, devido aos  gastos com combustível e manutenção do veículo não se sustenta. Com carros novos, as despesas de oficina seriam mínimas. Além disso, poderiam ser estabelecidas premiações para os motoristas que conservassem melhor o carro sob sua responsabilidade e, também, evitando-se o rodízio entre os motoristas no uso dos veículos. Por outro lado, para impedir os desperdícios de combustível, bastaria estabelecer critérios para o uso dos veículos, com planilha de rígido controle de viagens, quilometragem e abastecimentos, como acontece nas grandes empresas.
 
Fonte: Diário de Caratinga

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