quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mais um exemplo de corrupção entre vereadores municipais. Estamos de olho!

Vereadores presos no Triângulo Mineiro passam primeiro dia na cadeia sem regalias

No primeiro dia na cadeia, vereadores de Fronteira dormiram em colchões e comeram o prato do dia preparado na penitenciária. Algemados e de uniforme, prestaram depoimento no fórum
 

Os nove parlamentares, entre eles o pedetista João Veraldi Júnior, o Juninho Toquim, chegaram algemados e com uniforme da prisão para audiência no Fórum de Frutal (Renato Manfrim/Jornal Pontal)
Os nove parlamentares, entre eles o pedetista João Veraldi Júnior, o Juninho Toquim, chegaram algemados e com uniforme da prisão para audiência no Fórum de Frutal


Algemados, de chinelos e com o uniforme do sistema prisional mineiro. Os vereadores de Fronteira, no Triângulo, acusados de desvio de verba, trocaram o terno e a gravata e se apresentaram nessa quarta-feira de uniforme para audiência no Fórum de Frutal. Presos na segunda-feira, os nove parlamentares passaram a noite sem as regalias de costume. Dormiram todos em uma cela em colchões, comeram da quentinha do dia, com feijão, arroz, carne e salada, preparada na penitenciária.
No primeiro dia como prisioneiros, prestaram depoimentos para tentar dar uma explicação para os gastos absurdos com a verba indenizatória, no valor de R$ 570 mil. Conforme o Estado de Minas mostrou com exclusividade em 22 de janeiro, o dinheiro desviado daria para comprar 169 mil litros de combustível, o suficiente para dar 54 voltas ao redor da Terra.

Os vereadores são suspeitos ainda de terem usado os R$ 3 mil mensais da verba indenizatória para bancar despesas pessoais em rodízios de carne, rodadas de chope, garrafas de vodca e também para custear a manutenção de veículos pertencentes aos próprios parlamentares em oficinas mecânicas e revendas de peças automotivas.

As notas forjadas custeadas pela verba extra resultou no afastamento dos parlamentares da Câmara Municipal em 8 de fevereiro, além do sequestro dos bens visíveis e o ressarcimento aos cofres públicos dos R$ 570 mil desviados. Eles estão sendo processados por formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público) e atos de improbidade administrativa. São acusados ainda de enriquecimento ilícito e dano ao erário, devido ao mau uso da verba indenizatória, criada em 2008 por eles.

Em audiência, os vereadores disseram que usavam o dinheiro da Câmara Municipal para prestar serviços à comunidade, como por exemplo, levar as pessoas aos velórios, festas e casamentos. Eles negaram, entretanto, que usavam notas frias para justificar os gastos e que tenham contratado uma empresa de contabilidade para invalidar as provas. A audiência estava marcada para segunda-feira, mas quando estavam a caminho, os nove parlamentares foram surpreendidos pela Polícia Civil e levados direto para a cadeia. O atual advogado dos vereadores, Arnaldo Silva Júnior, impetrou pedido de habeas corpus pela soltura dos vereadores, mas até o fechamento desta edição o Tribunal de Justiça ainda não havia tomado uma decisão.

A motivação da prisão, segundo o Ministério Público, foi a contratação da empresa de contabilidade, ao custo de R$ 5 mil, em nome da Câmara, para tentar derrubar as provas da promotoria que já havia ajuizado uma ação civil pública contra eles. A denúncia do desvio de dinheiro foi encaminhada à Justiça em dezembro e os vereadores contrataram a empresa em janeiro. O ato foi visto pela promotoria como uma ameaça à ordem pública e ao erário municipal.
Substitutos
Os suplentes dos vereadores presos estão à frente da Câmara de Fronteira. Assim como os afastados, eles têm rotina de trabalho branda. Além da verba extra de R$ 3 mil mensais, eles recebem salário de R$ 3,5 mil para participar de apenas uma reunião a cada 30 dias. O presidente da Câmara ganha mais: R$ 4.320. Pelas regras, eles podem gastar R$ 550 com alimentação e até R$ 2.450 com combustível. Basta apresentar uma simples nota fiscal, sem qualquer tipo de validade contábil, para embolsar o dinheiro.

Acusados de acobertar o golpe, três servidores da Casa também estão sendo processados. Como já haviam sido denunciados por peculato e formação de quadrilha, os assessores Fausto Rogério Marques, Adauto José do Prado e a contadora Luciana Biaggi foram acionados por terem cometido 216 atos de improbidade administrativa.


Memória
Caso parecido há cinco anos
Em 6 de julho de 2006, oito dos então 15 vereadores de Montes Claros, e um suplente foram presos pela Policia Federal na Operação Pombo Correio. Eles foram acusados do uso de notas fiscais frias e outros documentos para desviar recursos públicos da verba indenizatória de gabinete. Segundo as investigações, teriam sido usados recibos falsos de uma agência terceirizada dos Correios. Daí, o nome da operação. Todos os envolvidos negaram a acusação. O caso teve repercussão nacional. Os oito vereadores e o suplente tiveram a prisão provisória decretada pela Justiça e ficaram um dia e meio na prisão, sendo liberados depois de conseguir habeas corpus. Dos nove, somente três conseguiram se reeleger em 2008. Continuam tramitando na Justiça os processos criminal e civil (improbidade administrativa) contra os envolvidos na Operação Pombo Correio. Porém, segundo o advogado dos vereadores, Farley Soares Menzes, três foram excluídos do processo ainda na fase de investigação, por falta de provas: Raimundo Pereira da Silva (PDT) e Marcos Nem (PR), reeleitos em 2008, e Aurindo Ribeiro (PTN), que ficou com a suplência. O juiz Isaías Caldeira Veloso, da Primeira Vara Criminal, diz que o processo criminal continua em andamento, sendo ouvidas as testemunhas. (Luiz Ribeiro)

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