Patrimônio de delegados chega a R$ 5 milhões com cobrança de ‘taxa’
Amália Goulart - Do Hoje em Dia
Os delegados envolvidos em supostas fraudes para a emissão de carteiras de habilitação em Formiga, no Centro-Oeste de Minas, também estão sendo investigados por enriquecimento ilícito. Entre o patrimônio adquirido por esses policiais está uma fazenda no valor de R$ 5 milhões. Como revelou o Hoje em Dia, o superintendente regional da Polícia Civil, delegado João Pedro Rezende, e seu filho, o chefe do Departamento de Inspetoria da Polícia Civil da cidade, Alexandre Clayton Rezende, são acusados pelo Ministério Público Estadual e pela Corregedoria da Polícia Civil de comandar uma quadrilha que fraudaria os procedimentos para aquisição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Também fariam parte da quadrilha outros instrutores da polícia, além de donos de autoescolas. Também é analisada a participação de um servidor público do Fórum, que seria o informante. De acordo com os autos da investigação, que ainda não foi concluída, os rendimentos dos envolvidos não condizem com o patrimônio adquirido por eles.
No dia 27 do mês passado, a Corregedoria de Polícia Civil solicitou à Justiça a quebra do sigilo fiscal dos acusados. João Pedro Rezende seria proprietário de uma fazenda avaliada em cerca de R$ 5 milhões, segundo a Corregedoria.No inquérito consta que Rezende é suspeito de ter adquirido a propriedade e a registrado em nome de Olinto Lourenço de Almeida, pai do investigador de polícia de Formiga Luiz de Almeida. “Posteriormente, João Pedro ‘adquiriu’ de Olinto tal propriedade por preço irrisório, estando hoje registrada em nome do mesmo”, diz trecho do inquérito policial que corre em segredo de Justiça.
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