quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Conheça o Museu da Memória e dos Direitos Humanos no Chile

 

O Museu da Memória e dos Direitos Humanos é um projeto inaugurado em janeiro de 2010 pela ex-presidenta socialista Michelle Bachelet. Em seus espaços estão guardados registros das violações a direitos humanos ocorridas no Chile entre os anos de 1973 e 1990. través de objetos, documentos e arquivos em diferentes suportes e formatos, e uma inovadora proposta visual e sonora, é possível conhecer parte desta história.

O Museu da Memória e dos Direitos Humanos é um projeto bicentenário, inaugurado em janeiro de 2010 pela ex-presidenta socialista Michelle Bachelet. Em seus espaços estão guardados registros das violações a direitos humanos ocorridas no Chile entre os anos de 1973 e 1990.

Com a sua criação, buscou-se facilitar à comunidade o conhecimento do que ocorreu no país, reivindicar a dignidade das vítimas, contribuir para a construção de uma sociedade sustentada nos valores da tolerância, da solidariedade, do respeito à diversidade, e impulsionar iniciativas educativas que convidem ao conhecimento e à reflexão. Sua instalação na rua Matucana busca fortalecer o circuito cultural Santiago Poente.

Através de objetos, documentos e arquivos em diferentes suportes e formatos, e uma inovadora proposta visual e sonora, é possível conhecer parte desta história: o golpe de Estado, a repressão dos anos posteriores, a resistência, o exílio, a solidariedade internacional, as políticas de reparação.

O patrimônio de seus arquivos contempla testemunhos orais e escritos, documentos jurídicos, cartas, relatos, produção literária, material de imprensa escrita e audiovisual, longa-metragens, material histórico e fotografias documentais.

Seus espaços para exposições temporárias, a praça de 6 mil metros quadrados, o auditório e as obras de arte que fazem parte de sua arquitetura estão destinadas a converter o museu em uma instituição cultural de primeira importância na cidade de Santiago. Um espaço dinâmico e interativo que resgata a história recente do Chile e se reencontra com a verdade, que cresce e se projeta na promoção de uma cultura de respeito à dignidade das pessoas.

Fundamentos
O dia 11 de setembro de 1973 é um marco na história do Chile, um momento em que a vida de milhares de chilenos mudou para sempre. Quebrou-se a institucionalidade e se declarou o fim do Estado de Direito. A ocupação militar deu lugar à criação da Junta de Governo que, após o fechamento do Congresso Nacional, passou a exercer a autoridade absoluta no país.

Durante a ditadura de Augusto Pinochet, milhares de chilenos e chilenas foram perseguidos, privados de liberdade, exilados, exonerados, torturados, executados ou “desparecidos”. Os organismos de segurança semearam o medo e exerceram o controla da cidadania através da vigilância permanente, da elaboração de listas negras e da censura. A repressão foi massiva e indiscriminada apesar da condenação e da solidariedade internacional. A violência interna ultrapassou as fronteiras. Ocorreram uma série de atentados no exterior, como a Operação Colombo e os atentados contra a vida de destacadas personalidades.

Primeiro a Igreja e depois os familiares das vítimas criaram organismos e agrupações de defesa dos Direitos Humanos em Santiago e diversas regiões. A luz destes fatos, o Museu da memória recolheu casos exemplares e propôs uma reflexão que transcendesse o ocorrido no passado e servisse às novas gerações para construir um futuro melhor de respeito irrestrito à vida e à dignidade das pessoas.

História do museu
O Museu da Memória e dos Direitos Humanos nasceu como um ato de reparação moral às vítimas das violações de direitos humanos e por uma solicitação dos organismos de defesa dos direitos humanos para ter um lugar onde pudessem guardar e preservar seus arquivos. Seu propósito é dignificar as vítimas e suas famílias, estimular a reflexão e o debate sobre a importância do respeito e da tolerância, para que esses fatos não se repitam mais. Foi concebido como um lugar que, a partir da revisão do passado, busca instalar os valores associados aos direitos humanos no presente e projetá-lo para o futuro.

O objetivo fundamental desta iniciativa é o resgate da memória de nosso país, desde os primeiros anos da ditadura, quando vencendo o medo e a repressão, as pessoas começaram a esconder e preservar documentos, cartazes, fotografias, objetos e a construir memoriais para não se render frente ao esquecimento. Com o passar dos anos, alguns desses materiais começaram a se extraviar e se deteriorar. Daí surgiu a necessidade de resgatá-los.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SÓ É DIGNO DA LIBERDADE, AQUELE QUE LUTA PARA CONQUISTÁ-LA, E SEM ELA NÃO HÁ CIDADANIA.

O município de Bom Jesus do Galho se localiza a 304 km da capital, sua população segundo IBGE/2008 são 15.541 hab. A economia tem como base a pecuária de leite e a cafeicultura, mas em grande parte do município também se cultiva o eucalipto e outras culturas. A cidade recebe todos os anos milhares de fiéis no Jubileu do senhor Bom Jesus realizado no mês de Setembro.
BLOG DA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE DEFESA E PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DIGNIDADE - ASSOCIAÇÃO CIDADANIA & DIGNIDADE

Termo de responsabilidade

O conteúdo das matérias e comentários originadas de outras fontes, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores pela violação de qualquer direito do cidadão.

Reservamo-no o direito de garantir o direito de resposta, desde que haja manifestação do interessado, de acordo com disposição expressa na Constituição Federal.

Contador

SEJAM BEM VINDOS

Bom Jesus está sendo saqueada por vendilhões do templo. Acorda Cidadão Bomjesuense!