segunda-feira, 14 de maio de 2012

Taxa de homicídios de BH é a pior entre capitais do Sudeste




Proporcionalmente, mais mulheres são assassinadas em Belo Horizonte do que nas demais capitais do Sudeste, segundo a pesquisa Mapa da Violência de 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil, divulgada ontem pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flac-so) e do Instituto Sangari. Em 2010, foram 5,4 mortes por cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino na capital mineira. A taxa no Espírito Santo foi de 5,2, a mesma do Rio de Janeiro, mas acima de São Paulo (4,8).

A pesquisa confirma o quadro de violência em Belo Horizonte. Em março, números da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) revelaram que a cidade tinha uma taxa de 30,65 homicídios por 100 mil habitantes (considerando homens e mulheres).

Em relação à taxa específica para mulheres, o estudo mostrou que Belo Horizonte está em uma situação pior que todas as capitais do Sul do país e que Brasília (DF). Considerando todas capitais, a média de mortes foi de 5,1 por grupos de 100 mil.

A pesquisa, que inclui dados desde 1980, mostra que a cada duas horas, uma mulher é morta no Brasil. Na maioria dos casos, o assassino é o namorado, marido ou ex-companheiro, que mata dentro de casa, após já ter cometido pelo menos um ato de agressão. Pelos dados do Mapa da Violência, em uma lista de 87 países, o Brasil é o sétimo que mais mata.

Segundo as considerações feitas pelo estudo, os efeitos da Lei Maria da Penha foram sentidos apenas em 2007, em seu primeiro ano de vigência, quando houve uma redução na média nacional de homicídios entre mulheres para 3,9 casos - em 2006, a média foi de 4,2 casos por grupo de 100 mil. No entanto, os casos retomaram os patamares anteriores em 2008.
Para o sociólogo Luiz Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas, o alto índice de homicídios contra mulheres, na capital, deve-se à ineficácia da aplicação das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. "A agredida ganha a proteção, mas nem sempre o homem respeita esse limite. É preciso ter um fiscal monitorando diretamente o cumprimento dessa norma", disse. Segundo ele, a participação das mulheres no tráfico é outra causa das mortes.

Para a chefe da Divisão da Mulher, Margareth Rocha, "nossa capital ainda tem uma cultura muito forte de submissão da mulher em relação ao homem".

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