quinta-feira, 24 de maio de 2012

Reflexão que se aplica também aos eleitores bomjesuenses, se querem realmente uma administração municipal para todos!

Reflexão sobre o momento político em Raul Soares

candidatosAs eleições municipais de 2012 se aproximam e seus principais oponentes ficam a cada dia mais evidentes. A não ser que fatos extraordinariamente novos se apresentem, o provável pré-candidato à sucessão pela situação deverá ser mesmo o Rogério da Bicuíba. Os dois lados contam com apoios e debilidades que podem fazer muita diferença na reta final. Rogério possui como avalista político o prefeito Vicente Barboza, que ostenta até hoje grande popularidade entre os eleitores, principalmente na periferia e distritos, só comparável aos áureos tempos do ex-prefeito Sotero.
O seu prestígio na área rural e a eficiência da política social que vem sendo implementada por Janinha, ex-cônjuge do atual mandatário municipal, construíram uma armadura de teflon ao redor do atual prefeito, que nada de ruim gruda nele. A questão sobre a qual muitos analistas de cenário político se debruçam, é se esse poder de fogo poderá ser transferido para o candidato escolhido para ser o seu sucessor. Rogério não é um político experiente e a sua escolha não deixará muito clara a verdadeira intenção do atual prefeito. Alguns observadores mais calejados em política até insinuam que isso poderia ser uma manobra para ganhar tempo e confundir a oposição.
Seja lá como for, confundir para que, se esta oposição já está mais do que desnorteada e emaranhada em uma teia de egos inflados há bastante tempo. Oposição que não consegue chegar nem a um consenso sobre qual candidato seria o mais adequado para agregar aliados para uma frente imbatível, não existe. Pelo menos até agora não foi o que se viu.
Do jeito que os acontecimentos estão se sucedendo, será muito difícil sonhar com uma coalizão consistente da oposição a ponto de vencer essa batalha. Grande parte dos opositores se diz pré-candidato, não abre mão da decisão e se considera a melhor opção para representar o povo. Consideram-se detentores de argumentos poderosos em tese, mas sempre se esquecendo que estão sempre olhando para os seus próprios umbigos. Alguns dos prováveis pré-candidatos oposicionistas se apresentam como poderosos em recursos para bancar a campanha, mas se esquecem que nem sempre o dinheiro fala mais alto quando o carisma político é pequeno ou inexistente. Outros, com invejável carisma político, além de não disporem de recursos suficientes para empreenderem a campanha com a dignidade que se espera, carregam contrapesos negativos que podem influir desastrosamente, minando a sua campanha.  E, outros, falantes egocentristas, sem condições de se elegeram até para vereador, ostentam uma pose de que o seu partido arrebanha milhares de votos, mas sem uma comprovação histórica do que estão afirmando, ou uma prova irrefutável de que souberam administrar com eficiência no passado algum empreendimento público ou privado que pudesse ser considerado referência e orgulho para esta terra.
Essas atitudes levam os eleitores à conclusão de que "esse osso deve ser de ouro", já que todos estão querendo se apossar dele a qualquer custo. Nessa hora, a máxima de que "Democracia é o  poder que emana do povo, pelo povo e para o povo" não é sequer considerada, porque nota-se claramente que do povo esses políticos estão mesmo interessados é só nos votos. Depois da eleição ganha, a conversa passa a ser outra. Não é à toa que se diz que política é a arte de enganar. Segundo o sociólogo e jornalista Júlio Prates, a definição de política na sua visão é curiosa: “é falar várias linguagens embutidas numa só, é aparentar uma coisa e ser outra, é dizer uma coisa e fazer outra”.
E, como a observação nos induz a várias análises, não se admirem se o tiro sair pela culatra e, mais uma vez, essa mesma oposição em frangalhos for vergonhosamente humilhada por um candidato sem os atributos políticos necessários para uma competição dessa envergadura. Não desdeem jamais da capacidade e astúcia política do atual prefeito desta cidade. Apesar do desafeto que sentimos um pelo outro, não posso roubar-lhe o mérito de ser um dos políticos, ou, talvez, o maior político da atualidade em Raul Soares. Esse atributo foi confirmado em sua reeleição e vem sendo mantido nas pesquisas de opinião realizadas ultimamente.
Não se assustem se o prefeito Vicente Barboza conseguir a mesma façanha de Lula com Dilma, elegendo o Rogério da Bicuíba como seu sucessor. Este fato estará apenas selando a sua capacidade de persuasão e, ao mesmo tempo, exibindo em letras garrafais a incompetência que beira o irracional, de uma oposição arcaica, decadente e desprovida de espírito comunitário de união, pois é notório e público  que cada um vem demonstrando por suas ações que o que busca mesmo é o seu bem pessoal acima de tudo, para não dizer coisa pior. 
Aos inconformados com o atual grupo político que comanda a cidade, ainda há tempo para refletir, tirar suas próprias conclusões e mudar tudo isso. Mas esse trabalho tem que ser rápido se realmente quiserem trabalhar com seriedade e espírito cívico, deixando de fora o egoísmo e a falta de compromisso para com o povo e, enfim, para com a democracia.
Lembrem-se: os políticos não vieram de Marte ou Vênus. São do nosso meio e, por isso mesmo, espelham com fidelidade aquilo que realmente somos. Por isso, não adianta culpá-los pelos erros,  porque, no fundo, estamos reclamando de nossos próprios erros, ao procurar sempre eleger candidatos por interesses pessoais escusos e, não, alguém que pudesse realmente nos representar com competência, honestidade, dignidade, lealdade e vontade de trabalhar pelo seu povo com todas as suas forças.
Resumindo, se não mudarmos nosso comportamento, todos sairemos perdendo. 

Autor: Geraldo Pascoal

Fonte: Pascoal Online


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