segunda-feira, 14 de maio de 2012

Prefeitos de Minas vão entregar o cargo sem cumprir as promessas de campanha

Excesso de burocracia, falta de dinheiro e briga com a oposição. Tem de tudo no rosário de queixas dos prefeitos - menos vergonha na cara falta de compromisso com os cidadãos -.
 
 
Fim de mandato. O que ficou para trás? Uma estação de tratamento de esgoto, ruas não asfaltadas, creches não construídas. A sete meses do encerramento da administração, prefeitos culpam a falta de dinheiro, excesso de burocracia, brigas com adversários e as dificuldades para conseguir licença ambiental como justificativas por não terem conseguido realizar obras que afirmam ser fundamentais para as cidades.

Reeleito para administrar Carmésia, município de aproximadamente 3 mil habitantes no Vale do Rio Doce, o prefeito Roberto Keller (PMDB), afirma que a falta de licença ambiental o obriga a deixar o governo sem pavimentar ruas, iluminar e colocar rede de esgoto em um bairro que acabou de ser criado no município. Além de não ter obtido a documentação, outra dificuldade apontada pelo prefeito é a falta de recursos. Segundo ele, a obra no bairro, onde vivem cerca de 80 pessoas, custaria cerca de R$ 1 milhão. “É um projeto que ficará para o meu sucessor”, diz Keller, confiante de que o próximo chefe do Poder Executivo na cidade será um aliado político.

Em Ponte Nova, cidade de 60 mil habitantes na Zona da Mata, o prefeito João Carvalho (PTB) diz que não terá condições de construir uma estação de tratamento de esgoto (ETE). “Continuamos jogando todo o esgoto no rio Piranga que, juntamente com os rios Carmo e Gualaxo, formam o Rio Doce nove quilômetros depois de Ponte Nova”, lamenta.

Carvalho estima que a estação custaria entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões, e diz que o município não tem condições de bancar sozinho o projeto. “Tentamos com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), mas queriam colocar na negociação nosso departamento municipal de águas, o que não é interessante para a cidade”, argumenta o prefeito que, apesar de a legislação permitir a sua reeleição, garante que não vai se candidatar por ser contra os dois mandatos consecutivos.

Para Aparecido Maria da Silva (PSD), recém-empossado prefeito de Planura, cidade do Triângulo Mineiro com 11,2 mil habitantes, o ideal seria encerrar o curto mandato pavimentando todas as ruas. “A cidade recebe muito dinheiro, mas falta fiscalização dos governos estadual e federal para saber para onde os recursos estão indo”, alega Aparecido, que era vice de João Gangini (PR), prefeito afastado de Planura por suspeitas de irregularidades em convênio fechado com o Ministério do Turismo para realização do Réveillon de 2010. O novo prefeito tomou posse no dia 27 e, apesar de afirmar que os recursos da cidade são suficientes para as obras que o município precisa, diz que os “excessos” passados e a falta de tempo no poder o impedirão de realizar as obras nas ruas de terra. Aparecido garante que não será candidato em outubro e que o serviço ficará para o sucessor.

Falta planejamento


Em Ponto Chique, na Região Norte, o prefeito José Boy Preá (PSB) avisa que, por causa da burocracia ele vai deixar a prefeitura sem ter asfaltado as ruas. Ele garante que há dinheiro “A dificuldade é a de conseguir liberá-lo”, comenta. É a mesma reclamação do prefeito de Ibiraci, Ismael Cândido (PT), que lamenta não ter concluído as obras do hospital municipal.

“A burocracia da Caixa Econômica Federal desanima”, ressaltou. Diferentemente de José Boy, que poderá ainda asfaltar as ruas de Ponto Chique, caso ganhe as eleições, Ismael, já no segundo mandato, terá de deixar para o próximo prefeito.
A prefeita de Carmópolis de Minas, na Região Centro-Oeste, Maria Lara (PSDB), jogou a culpa para a oposição na Câmara Municipal. “ Eu gostaria, por exemplo, de ter asfaltado e calçado as ruas, feito a drenagem fluvial, mas os vereadores não aprovaram o financiamento no Banco de Desenvolvimento de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG)”, reclama a prefeita.

Para Ronaldo Gonçalves (PT), prefeito de Pains, os colegas choram muito, mas sem motivo. Ele garantiu que os municípios podem se sustentar com a própria arrecadação e depender menos dos governos federal e estadual. Para isso, seria necessário apenas planejamento. “Os prefeitos não cobram IPTU, por exemplo, com medo de perder votos”, conta. As alianças políticas que se desdobram em cargos de confiança na prefeitura também atrapalhariam, na visão dele, a administração. “A gestão pública tem de ser profissionalizada. Secretários são muitas vezes nomeados por causa de interesses políticos e não por sua capacitação técnica”, acrescentou o prefeito de Pains.

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